FALSA ACUSAÇÃO DE ALIENAÇÃO PARENTAL: ENQUADRAMENTO JURÍDICO COMO CONDUTA ALIENADORA

Autores/as

  • Beatrice Merten Rocha UNESA

DOI:

https://doi.org/10.51891/rease.v11i9.21113

Palabras clave:

Alienação Parental. Falsa Acusação. Hermenêutica Jurídica. Lei nº 12.318/2010. Controle Coercitivo.

Resumen

Este artigo aborda o debate sobre a revogação da Lei nº 12.318/2010, impulsionado por alegações de seu uso indevido. Nesse sentido, o argumento central é o de que a falsa acusação de alienação parental não constitui mero abuso processual, mas se enquadra, em si, como um ato de alienação parental nos termos do artigo 2º da referida lei. A pesquisa, de natureza jurídico-dogmática, utiliza o método de análise documental e bibliográfica, com base em legislação, doutrina e jurisprudência, além de um diálogo com o direito canadense sobre controle coercitivo. A interpretação jurídica da norma revela que a lei brasileira foca na intenção (dolo) do agente, em vez de exigir o resultado concreto do afastamento da criança. Fica claro, nesse contexto, que o uso da expressão “falsa denúncia” foi propositalmente amplo, de modo a abranger qualquer tipo de imputação infundada perante autoridades judiciais, policiais ou administrativas. A conduta é enquadrada nos incisos II (campanha de desqualificação) e VI (apresentar falsa denúncia) do artigo 2º, e interpretada de forma sistemática com a Constituição, o Código Civil e o Código de Processo Civil, configurando também abuso de direito e ato ilícito gerador de danos morais. Conclui-se que a crise em torno do tema não é legislativa, mas de aplicação, sendo imperativo o reconhecimento da falsa acusação como ato alienador para preservar a integridade e a finalidade protetiva da norma.

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Biografía del autor/a

Beatrice Merten Rocha, UNESA

Mestranda em Direito pela UNESA. Pós-graduada em Direito de Família, Sucessões e Processo Civil pela PUC Minas. 

Publicado

2025-09-17

Cómo citar

Rocha, B. M. (2025). FALSA ACUSAÇÃO DE ALIENAÇÃO PARENTAL: ENQUADRAMENTO JURÍDICO COMO CONDUTA ALIENADORA. Revista Ibero-Americana De Humanidades, Ciências E Educação, 11(9), 2513–2527. https://doi.org/10.51891/rease.v11i9.21113