ABORDAGENS TERAPÊUTICAS NA DISPLASIA COXOFEMORAL
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v10i11.17218Palabras clave:
Displasia coxofemoral. Tratamentos veterinários. Fisioterapia. Células-tronco, suplementação nutricional. Acupuntura. cirurgia. Biomateriais. Engenharia de tecidos. Controle de dor.Resumen
O tratamento da displasia coxofemoral (DC) em cães envolve uma combinação de abordagens terapêuticas que buscam não apenas controlar a dor, mas também melhorar a qualidade de vida e a funcionalidade articular dos animais afetados. O uso de suplementos nutricionais, como condroitina e glucosamina, continua sendo uma estratégia eficaz para os casos iniciais da doença, contribuindo para a redução da dor e a melhora da mobilidade articular. Esses suplementos são reconhecidos pela sua capacidade de retardar a progressão da degeneração articular, como evidenciado por diversos estudos. Além disso, a fisioterapia tem se mostrado um tratamento importante, especialmente no pós-operatório e em cães idosos com osteoartrite, uma vez que auxilia na melhora da força muscular e da mobilidade articular. A acupuntura também surge como uma terapia complementar eficaz no controle da dor crônica, proporcionando um alívio significativo nos sintomas, especialmente em cães mais velhos. No entanto, em casos avançados de DC, as intervenções cirúrgicas se tornam necessárias. A excisão artroplástica da cabeça e colo femoral tem demonstrado resultados satisfatórios, permitindo que os cães afetados voltem às suas atividades diárias com menos dor e maior mobilidade. Outra abordagem promissora é o uso de células-tronco, que visam regenerar a cartilagem articular danificada e reduzir a inflamação. Embora a eficácia a longo prazo dessa técnica ainda precise ser confirmada, ela tem mostrado um grande potencial de regeneração articular, representando uma nova fronteira no tratamento da DC. Adicionalmente, o uso de biomateriais para reparo da cartilagem danificada e a adoção de dietas especializadas têm mostrado resultados positivos no controle da progressão da doença. A inclusão de ácidos graxos essenciais, como o ômega-3, e o controle do peso corporal são práticas recomendadas, pois ajudam a reduzir a inflamação e minimizam a sobrecarga nas articulações afetadas. A monitorização periódica do estado clínico do animal, com o uso de técnicas de imagem avançadas, também é crucial para ajustar o tratamento de forma contínua. Além disso, a conscientização dos tutores sobre os cuidados com os animais, tanto em relação ao manejo da dor quanto ao ambiente em que o cão vive, é fundamental para garantir a eficácia das terapias. Em termos de perspectivas futuras, inovações como a engenharia de tecidos e terapias genéticas, que visam regenerar o tecido articular danificado, têm mostrado um grande potencial para revolucionar o tratamento da displasia coxofemoral em cães. Essas novas abordagens oferecem a possibilidade de tratamentos mais eficazes e menos invasivos, melhorando significativamente a qualidade de vida dos animais afetados.
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