ALGUMAS POSSIBILIDADES PARA PENSAR AS ATITUDES VIOLENTAS CONTRA PESSOAS LGBT
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v7i7.1678Palabras clave:
homofobia. Preconceito. Agressividade. população transexualResumen
A peça de teatro Campeonato Interdrag de Gaymada apresentada no Festival de Teatro de Curitiba 2017 trouxe a questão da agressividade contra o público trans e LGBT. Parodiando o jogo chamado de “Queimada” ou “Caçador”, onde os adversários (pessoas do outro time) são “caçados” e “queimados”. A intolerância e o ódio se fazendo ato remetem ao que Freud (1895) chamou de processo primário, onde a energia psíquica escoa livremente, passando sem barreira de representação. Existe na sociedade um padrão de exclusão das pessoas com opções sexuais divergentes do que é socialmente, culturalmente e historicamente aceito ou acordado. A perversidade do sujeito homofóbico pode ser entendida como uma válvula de escape para o sentimento de culpa que carrega em relação a experiências inconscientes frente ao objeto amado, onde, na impossibilidade do recalque, se abrem vias para um sentimento de culpa, podendo levar o sujeito a práticas homofóbicas num circuito perverso e compensatório para o mal-estar experienciado. O objetivo desse artigo é discutir, sob o olhar da psicanálise, o que leva algumas pessoas a terem atitudes agressivas, violentas ou persecutórias, que visam “queimar” seus semelhantes. Através da psicanálise, acreditamos que existam outros caminhos de lidar com o ódio, uma deles é torná-lo em palavra.
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