PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INTOXICAÇÕES POR DROGAS DE ABUSO EM CINCO CAPITAIS BRASILEIRAS (2019-2023)
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v10i9.15667Palabras clave:
Epidemiologia. Intoxicações. Drogas de abuso. Metrópoles. Brasil.Resumen
Introdução: Drogas de abuso são substâncias que geram dependência e seu uso indevido leva a intoxicações exógenas, afetando a saúde pública brasileira, especialmente nas grandes metrópoles. Este estudo visa compreender os aspectos epidemiológicos das intoxicações por drogas de abuso, bem como abordar tópicos de prevenção e tratamento, alinhando-se com a meta 3.5 da Agenda 2030 da ONU. Objetivo: Investigar o perfil epidemiológico das intoxicações por drogas de abuso nas cinco capitais brasileiras de maior densidade populacional entre 2018 e 2022. Métodos: Estudo ecológico, descritivo e transversal. A população inclui casos de intoxicação por drogas de abuso registrados no SINAN em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Fortaleza e Salvador. Covariáveis: Região/UF; Faixa Etária; Sexo; Raça; Circunstância; Classificação Final e Evolução. Casos com dados insuficientes foram excluídos. Uso de Microsoft Excel v.2016 para cálculo de incidência e frequências das covariáveis. Resultados e Discussão: No Brasil, a intoxicação por abuso de drogas afeta principalmente homens (74%), entre 20 e 39 anos (55%), com algum grau de escolaridade (99%). No Rio de Janeiro, há mais casos em mulheres (39%), e em Brasília, predominam jovens de 15 a 19 anos (56%). A exposição aguda única é a mais frequente, exceto em Brasília e Salvador, onde é aguda repetida. A circunstância mais comum é o abuso, especialmente em São Paulo (88,9%). Intoxicação é a classificação final mais frequente, especialmente em São Paulo (92,8%). A cura sem sequelas é comum (91%), sendo mais frequente em Salvador (97%) e menos em Fortaleza (85%). A cura com sequelas é mais comum em São Paulo (6%) e menos em Salvador (1%). O óbito por intoxicação é mais frequente em Fortaleza (9,7%), acima da média nacional (1,6%). Conclusão: O estudo revelou que as intoxicações por drogas de abuso são um problema de saúde pública significativo nas cinco capitais brasileiras analisadas, com variações importantes nos padrões de incidência e características demográficas. Homens jovens são os mais afetados, mas há variações regionais, como a maior proporção de casos entre mulheres no Rio de Janeiro e entre jovens em Brasília. As exposições agudas são predominantes, e a maioria dos casos resulta em cura sem sequelas, embora Fortaleza se destaque negativamente com uma taxa elevada de óbitos. Esses achados sublinham a necessidade de estratégias de prevenção e tratamento mais direcionadas, levando em conta as especificidades regionais e sociodemográficas para melhorar os resultados de saúde e alinhar-se com os objetivos da Agenda 2030 da ONU.
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