TRAUMA ABDOMINAL E LESÕES HEPÁTICAS: TRATAMENTO CIRÚRGICO E NÃO CIRÚRGICO
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v10i9.15526Palabras clave:
Trauma abdominal. Lesões hepáticas. Tratamento. Cirurgia.Resumen
Introdução: O manejo de lesões hepáticas decorrentes de trauma abdominal representou um dos maiores desafios na medicina de urgência, dado o risco elevado de hemorragia e a complexidade das intervenções necessárias para estabilizar o paciente. A escolha entre tratamento cirúrgico e não cirúrgico dependia de diversos fatores, como a gravidade da lesão, a estabilidade hemodinâmica do paciente e as condições clínicas associadas. Ao longo dos últimos anos, os avanços na medicina e a crescente adoção de abordagens multidisciplinares possibilitaram uma melhor compreensão das estratégias mais eficazes para cada caso, destacando-se a importância da personalização do tratamento. O suporte psicológico e o respeito pelos valores do paciente também emergiram como aspectos críticos, influenciando diretamente os resultados clínicos e a recuperação. Objetivo: Esta revisão sistemática teve como objetivo analisar e sintetizar as evidências científicas disponíveis sobre as melhores práticas no tratamento de lesões hepáticas traumáticas, focando na comparação entre intervenções cirúrgicas e não cirúrgicas, bem como na avaliação dos impactos de uma abordagem multidisciplinar no desfecho dos pacientes. Metodologia: A metodologia seguiu o checklist PRISMA e utilizou as bases de dados PubMed, Scielo e Web of Science para a seleção de artigos publicados nos últimos 10 anos. Os descritores empregados incluíram "trauma abdominal," "lesões hepáticas," "tratamento cirúrgico," "tratamento não cirúrgico," e "abordagem multidisciplinar." Foram incluídos estudos que apresentavam dados clínicos robustos, avaliações comparativas entre diferentes métodos de tratamento e que abordavam a recuperação pós-operatória. Critérios de exclusão aplicaram-se a estudos com amostras pequenas, publicações que não apresentavam análise estatística adequada e artigos sem acesso completo aos dados. Resultados: Os resultados mostraram que o tratamento não cirúrgico foi eficaz em pacientes hemodinamicamente estáveis com lesões hepáticas menos graves, enquanto a cirurgia permaneceu como a principal intervenção para casos de hemorragia significativa ou lesões complexas. A abordagem multidisciplinar, com a integração de suporte psicológico, nutricional e fisioterapêutico, foi associada a uma recuperação mais rápida e melhores resultados a longo prazo. Concluiu-se que a personalização do tratamento, alinhada com as condições clínicas e os valores do paciente, foi crucial para o sucesso terapêutico, com redução significativa na mortalidade e nas complicações pós-operatórias.
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