MANIFESTAÇÕES OFTALMOLÓGICAS E TRATAMENTO OCULAR NA SÍNDROME DE STEVENS-JOHNSON

Resumen

A Síndrome de Stevens-Johnson (SSJ) é uma condição rara e grave, caracterizada por uma reação mucocutânea severa desencadeada geralmente por reações adversas a medicamentos. Manifestações oftalmológicas são comuns nesse contexto, podendo incluir conjuntivite, ceratoconjuntivite, úlceras corneanas e, em casos extremos, perfuração ocular. O tratamento ocular na SSJ é crucial para mitigar complicações a longo prazo e melhorar a qualidade de vida dos pacientes afetados. Objetivo: Investigar e analisar criticamente as manifestações oftalmológicas da SSJ e os diferentes tratamentos oculares propostos na literatura científica. Metodologia: Foi realizada uma busca sistemática nas bases de dados PubMed, Scielo e Web of Science utilizando os descritores: "Stevens-Johnson Syndrome", "ocular manifestations", "treatment", "eye complications", "corneal ulceration". Foram incluídos artigos publicados nos últimos 10 anos, abordando estudos de caso, séries de casos e ensaios clínicos que descreveram manifestações oculares da SSJ e seus respectivos tratamentos. Os critérios de inclusão foram: estudos em humanos, artigos em inglês ou português, e foco específico em manifestações oftalmológicas. Foram excluídos artigos não relacionados diretamente ao tema, revisões de literatura não sistemáticas e estudos anteriores a 2012. Resultados: Os estudos revisados destacaram a variedade de manifestações oftalmológicas na SSJ, incluindo conjuntivite grave, síndrome do olho seco, e úlceras corneanas recorrentes. Diferentes abordagens terapêuticas foram discutidas, desde o uso de colírios lubrificantes até transplantes de membrana amniótica em casos de lesões corneanas graves. A eficácia dos tratamentos variou dependendo da gravidade e extensão das complicações oculares. Conclusão: A revisão sistemática revelou a importância de uma abordagem multidisciplinar no manejo das manifestações oftalmológicas da SSJ, visando não apenas a preservação da visão, mas também a melhoria da qualidade de vida dos pacientes afetados. A compreensão detalhada dessas manifestações e a avaliação dos tratamentos disponíveis são fundamentais para orientar práticas clínicas mais eficazes e direcionar futuras pesquisas na área.