ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS DE SÍFILIS CONGÊNIA EM CASCAVEL-PR NOS ANOS DE 2015 A 2022
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v10i6.14439Palabras clave:
Perfil epidemiológico. Sífilis congênita. Cuidado pré-natal.Resumen
Objetivo: Analisar a prevalência dos casos de sífilis congênita em Cascavel-Pr destacando o papel dessa doença como um tradicional evento-sentinela na Atenção Primária em Saúde, já que sua ocorrência sugere falhas no funcionamento do pré-natal. Material e Método: Estudo descritivo, com abordagem quantitativa, realizado de forma retrospectiva, por meio da análise de dados disponíveis publicamente no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) para os casos de sífilis congênita no município de Cascavel-Pr, de 2015 a 2022. Resultados: Nesse período foram notificados 195.872 casos de sífilis congênita no Brasil, 6.517 casos no Paraná e 200 casos em Cascavel-Pr, sendo que 105 (52,5%) dos recém-natos eram do sexo feminino, de mães brancas 156 (78%). A maioria dos casos foram notificados para mães com idade entre 20-24 anos 83 (41,5%), com Ensino Médio Completo 50 (25%). O diagnóstico de sífilis materna foi firmado basicamente no pré-natal da gestante 138 (69%) ou no momento do parto/curetagem 50 (25%) e dessas, 179 (89,5%) realizaram o pré-natal, em relação ao tratamento dos parceiros, constatou-se que 132 (66%) não receberam tratamento. A maior parte dos diagnósticos de sífilis congênita 193 (96,5%) foram realizados até o sexto dia de vida do recém-nascido. Foi constatado também que houve 172 (86%) casos de sífilis recente, e quanto a evolução foram notificados 5 (2,5%) óbitos. Conclusão: Os resultados revelam alguns pontos frágeis na prevenção da sífilis congênita no município de Cascavel-Pr, demonstrando a necessidade de melhorias no pré-natal dessa população com urgência para implementação de estratégias educacionais, acesso facilitado a cuidados de saúde e reforço na triagem e tratamento das parcerias.
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