COVID-19 E SUA RELAÇÃO COM O DESENVOLVIMENTO DA ATAXIA CEREBELAR: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v10i5.14036Palabras clave:
Covid-19. Cerebellar Ataxia. SARS-CoV-2.Resumen
Introdução. Ao se pôr em análise a atual realidade dos distúrbios do movimento pós-pandemia do coronavírus, surge à necessidade de se voltar mais atenção para a relação entre a infecção por SARS-CoV-2 e o desenvolvimento da ataxia cerebelar Objetivos. Nessa perspectiva o presente estudo tem como objetivo explicar a influência do Covid-19 no desenvolvimento da ataxia cerebelar, com a finalidade de elucidar os mecanismos fisiopatológicos e consequente desencadeamento desta disfunção. Justificativa. Explorar a associação do Covid-19 com o desenvolvimento da ataxia cerebelar tem implicações científicas significativas, diante disso, compreender os mecanismos neurobiológicos envolvidos nessa associação pode levar a avanços na compreensão da patogênese da ataxia cerebelar e das complicações neurológicas relacionadas à Covid-19. Metodologia: As pesquisas foram realizadas por meio das bases de dados National Library of Medicine (PubMed MEDLINE) e ScienceDirect no mês de maio de 2023. As palavras-chaves utilizadas foram em inglês: “COVID-19”, “cerebellar ataxia”, “SARS-CoV-2”, e em português: “COVID-19”, “ataxia cerebelar”, “SARS-CoV-2”. Como critérios de inclusão foram considerados artigos originais, publicados no período de 2011 a 2024, em inglês e português. Os critérios de exclusão foram artigos publicados anteriormente aos anos delimitados, artigos que não estavam no idioma inglês e português, além de trabalho que não abordassem a associação entre ataxia e covid-19. Resultados e discussão. Percebeu-se que o COVID-19, desencadeado pelo SARS-CoV-2, não apenas afeta o sistema respiratório, mas também demonstrou ter impactos significativos no sistema nervoso central, incluindo o cerebelo, levando a manifestações clínicas como ataxia. A infecção pelo SARS-CoV-2 estimula a liberação de várias citocinas pró-inflamatórias, que têm a capacidade de atravessar diretamente a barreira hematoencefálica (BHE) por uma via transcelular afetando a integridade da membrana basal e ativando a microglia e os astrócitos. O vírus pode ainda se ligar ao receptor da enzima conversora de angiotensina-2 no neurônio e na glia e afetar, o hipotálamo, gânglios da base, mesencéfalo, ponte, medula e cerebelo. Nessa perspectiva, a compreensão dos mecanismos fisiopatológicos subjacentes, que envolvem desde a resposta imunológica exacerbada até a possível agressão direta do vírus aos tecidos cerebrais, é crucial para o desenvolvimento de abordagens terapêuticas eficazes. Relatos de casos destacam a importância de reconhecer e monitorar sintomas neurológicos em pacientes com COVID-19, especialmente aqueles que apresentam ataxia, para um diagnóstico precoce e intervenção adequada. Conclusão. Diante dos resultados de pesquisa desse estudo, é notório que a aparição da ataxia cerebelar após a infecção por COVID-19 é uma manifestação inesperada e desperta a atenção da comunidade médica. Reconhecer essa complicação pós-infecciosa é crucial para oferecer o melhor cuidado aos pacientes, pois a pronta identificação e o tratamento adequado podem resultar em uma recuperação mais eficaz.
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