CIRURGIA DE CATARATA EM PACIENTES COM DOENÇAS REUMATOLÓGICAS

Resumen

A cirurgia de catarata em pacientes com doenças reumatológicas representa um desafio clínico devido à complexidade e à possível influência das condições reumatológicas no desfecho cirúrgico. As doenças reumatológicas, como artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistêmico e espondilite anquilosante, podem afetar a saúde ocular, aumentando o risco de complicações perioperatórias e impactando os resultados visuais pós-operatórios. Além disso, o manejo perioperatório desses pacientes requer uma abordagem multidisciplinar para otimizar os resultados. Objetivo: Avaliar os desfechos da cirurgia de catarata em pacientes com doenças reumatológicas, explorando as taxas de complicações, a eficácia da intervenção e fatores associados aos resultados visuais. Metodologia: A revisão foi realizada de acordo com as diretrizes do PRISMA. Foram pesquisadas as bases de dados PubMed, Scielo e Web of Science para artigos publicados nos últimos 10 anos. Os descritores utilizados foram "cataract surgery", "rheumatologic diseases", "complications", "visual outcomes" e "perioperative management". Os critérios de inclusão foram estudos que relataram resultados de cirurgia de catarata em pacientes com doenças reumatológicas, escritos em inglês, espanhol ou português. Os critérios de exclusão foram estudos com amostras heterogêneas que não permitiam a análise específica desses pacientes, relatos de caso e revisões narrativas. Resultados: Destacou-se uma maior incidência de complicações perioperatórias, como edema macular cistoide e uveíte, em pacientes com doenças reumatológicas. No entanto, a cirurgia de catarata foi geralmente considerada segura e eficaz nessa população, especialmente quando o manejo perioperatório era adequado. Fatores como o controle da inflamação e o uso de terapia imunossupressora foram associados a melhores resultados visuais pós-operatórios. Conclusão: A cirurgia de catarata em pacientes com doenças reumatológicas apresenta desafios específicos, mas é geralmente segura e eficaz quando realizada com uma abordagem multidisciplinar e um cuidadoso manejo perioperatório. Mais pesquisas são necessárias para entender completamente os determinantes dos resultados visuais nessa população e otimizar a gestão clínica.