PREVALÊNCIA DA SÍFILIS ATIVA ENTRE MULHERES TRABALHADORAS DO SEXO DO RECIFE -PERNAMBUCO

Autores/as

  • Larissa Lima Ribeiro Fundação Oswaldo Cruz
  • Louisiana Regadas de Macedo Quinino Fundação Oswaldo Cruz
  •  Iracema de Jesus Almeida Alves Jacques Fundação Oswaldo Cruz
  • Naíde Teodósio Valois Santos Fundação Oswaldo Cruz
  • Isabelly Almeida Calazans Centro Universitário UniFBV
  • Renata Barreto Fernandes de Almeida Centro Universitário UniFBV
  •  Ana Maria de Brito Fundação Oswaldo Cruz

DOI:

https://doi.org/10.51891/rease.v1i2.11089

Palabras clave:

Profissionais do sexo. Sífilis. Amostragem.

Resumen

Introdução: As mulheres trabalhadoras do sexo (MTS), devido as condições de trabalho, contexto social e individual, apresentam alta vulnerabilidade às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), com destaque para a sífilis. Objetivo: estimar a prevalência e analisar  os fatores associados à sífilis entre as MTS na cidade do Recife, capital do estado de  Pernambuco. Método: estudo epidemiológico de corte seccional em uma amostra de MTS,  com idade igual ou superior a 18 anos, residentes no Recife. Para recrutamento utilizou-se  o método de amostragem Respondent-Driven Sampling (RDS). Foram feitas entrevistas por  meio de um questionário para levantamentos dos dados clínicos e sociocomportamentais, e  realizados testes rápidos para detecção de infecções por HIV, sífilis, hepatites B e C, com  subsequente coleta de sangue venoso para confirmação diagnóstica dos casos de sífilis.  Resultados: Foram incluídas 349 MTS, sendo a maioria jovem, entre 18 e 34 anos de idade  (60,30%), parda ou preta (82,84%); 75,5% tinham menos de 8 anos de escolaridade, renda  mensal até um salário-mínimo (88,40%), não exercia outro trabalho além do sexual  (65,10%) e moravam sozinha (89,20%). A prevalência de sífilis ativa foi da ordem de 9,8%.  A análise bivariada revela que a sífilis esteve associada ao início como profissional do sexo  antes dos 18 anos (OR = 3,5; IC95% 1,4 - 9,0); uso inconsistente de camisinha nas relações  sexuais (OR= 3,0; IC95%: 1,1 - 8,6); não ter parceiro fixo (OR= 3,2; IC95%: 1,5 - 7,2);  raça/cor parda (OR= 3,6; IC95%: 1,7 - 7,5) e ao local de trabalho abertos/ruas (OR=3,1;  IC95%: 1,2 - 7,8). Conclusão: a alta prevalência da sífilis ativa aponta para a necessidade  de intervenções de educação e saúde públicas direcionadas à população das MTS, focadas  em ações de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento dos agravos à saúde e, em  particular, às IST.

Publicado

2024-01-03

Cómo citar

Ribeiro, L. L., Quinino, L. R. de M., Jacques, IracemadeJ.A.A., Santos, N. T. V., Calazans, I. A., Almeida, R. B. F. de, & Brito, AnaM.de. (2024). PREVALÊNCIA DA SÍFILIS ATIVA ENTRE MULHERES TRABALHADORAS DO SEXO DO RECIFE -PERNAMBUCO. Revista Ibero-Americana De Humanidades, Ciências E Educação, 1(2), 446–457. https://doi.org/10.51891/rease.v1i2.11089