GIST GÁSTRICO: ESTADO DA ARTE E NEOADJUVÂNCIA

Autores/as

  • Pither Paul Silva Leite Universidade Federal de Minas Gerais
  • Querollen Ágata Silveira Lima Universidade Federal de Minas Gerais
  • Tatiane da Conceição Ribeiro Pontifícia Universidade Católica de Minas
  • Carlos Augusto Amorim Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.51891/rease.v9i7.10648

Palabras clave:

GIST. Neoadjuvância. Células de cajal. Imatinib.

Resumen

INTRODUÇÃO: O GIST (gastrointestinal stromal tumor),  é um tumor estromal gastrointestinal que surge a partir de células de origem mesenquimal, que se localizam na musculatura lisa responsável pela movimentação do trato digestivo, chamadas células de Cajal, também chamadas de “células de marca passo”. Corresponde a cerca de 1% das neoplasias gastrointestinais e cerca de 2% das neoplasias malignas do estômago, embora seja a neoplasia não epitelial mais comum do trato gastrointestinal, sendo encontrado em mais de 50% das vezes neste sítio. Deriva da mutação no gene que codifica o KIT, um receptor transmembrana acoplado a tirosina quinase, que faz parte de uma cascata intracelular que controla funções básicas como proliferação e sobrevivência. DIAGNÓSTICO: Na fase inicial, a maior parte dos pacientes são assintomáticos e o tumor pode ser diagnosticado de forma incidental. Quando há sintomas, os principais são hemorragia e anemia associada. Quando o tumor ocorre no estômago, o paciente pode ter sintomas inespecíficos como perda de peso, distensão abdominal, plenitude pós-prandial, náuseas e vômitos. Na suspeita de lesão maligna, o primeiro passo é a realização de exame de imagem, embora não exista algum exame bem estabelecido. A ultrassonografia endoscópica (EUS) se apresenta como chave importante no diagnóstico por mostrar informações da SEL como: origem das células, natureza da lesão (sólida, cística, gordurosa ou de vasos sanguíneos), e o tamanho da lesão e amostra tecidual satisfatória para as técnicas de imunohistoquímica, o que confirmará o diagnóstico. TRATAMENTO: O principal pilar do tratamento é a ressecção cirúrgica da lesão, sendo a única possibilidade de cura para os pacientes. Todas as lesões com tamanho superior a 2,0 cm ou menores com alguma sintomatologia devem ser ressecadas com margens macroscópicas livres. A adjuvância com imatinib é indicação fundamental para todos os pacientes com moderado e alto risco de recorrência pelos critérios de risco de Fletcher. NEOADJUVÂNCIA: Embora não existam evidências demonstrando melhores resultados para mortalidade em cinco anos ou taxa de recorrência em 1, 2 ou 3 anos, a neoadjuvância é capaz de reduzir o tamanho do tumor, permitir o procedimento com menor morbidade e reduzir o risco de ruptura tumoral e demais complicações pós-operatórias. CONCLUSÃO: A ressecção e o uso de terapia adjuvante com inibidor de tirosina quinase são as únicas terapias com possibilidade de cura até o momento. Dessa forma, a neoadjuvância é indicada apenas para reduzir o tamanho do tumor, reduzindo a morbidade do procedimento, não havendo evidências que indiquem benefício ou mesmo malefício de seu uso.

Biografía del autor/a

Pither Paul Silva Leite, Universidade Federal de Minas Gerais

Bacharel em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais. 

Querollen Ágata Silveira Lima, Universidade Federal de Minas Gerais

Bacharel em Medicina pela Universidade Federal de Minas gerais e Residente do programa de Ortopedia e Traumatologia do Hospital Evangélico de Belo Horizonte. 

Tatiane da Conceição Ribeiro, Pontifícia Universidade Católica de Minas

Bacharel em Enfermagem pela Pontifícia Universidade Católica de Minas e especialista em Terapia Intensiva e trauma pelo Instituto de Educação Continuada da PUC-MG.  

Carlos Augusto Amorim, Universidade Federal de Minas Gerais

Acadêmico de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais. 

Publicado

2023-08-15

Cómo citar

Leite, P. P. S., Lima, Q. Ágata S., Ribeiro, T. da C., & Amorim, C. A. (2023). GIST GÁSTRICO: ESTADO DA ARTE E NEOADJUVÂNCIA. Revista Ibero-Americana De Humanidades, Ciências E Educação, 9(7), 873–880. https://doi.org/10.51891/rease.v9i7.10648