PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INTOXICAÇÕES MEDICAMENTOSAS NO ESTADO DA PARAÍBA: UMA ANÁLISE DOS CASOS NOTIFICADOS NO PERÍODO DE 2018 A 2022
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v9i6.10430Palabras clave:
Medicamento. Intoxicação medicamentosa. Sistema de Informação de Agravo de Notificação.Resumen
Os medicamentos quando administrados de forma inadequada são os principais causadores de intoxicação, sendo considerado um grave problema de saúde pública. Diante disso, o presente estudo tem como objetivo principal traçar um perfil epidemiológico das intoxicações medicamentosas no estado da Paraíba no período de 2018 a 2022. Trata-se de um estudo de caráter descritivo, exploratório, de base populacional, de cunho qualitativo e quantitativo e de natureza observacional, com informações obtidas no Departamento de informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) a partir de dados registrados sobre notificação de intoxicação por medicamentos no banco de dados do Sistema de Informações de gravo de Notificação (SINAN), no Estado da Paraíba no período de 2018 a 2022. No período estudado foram notificados no país 433,029 casos de intoxicação por medicamento, sendo a região sudeste do Brasil a de maior incidência (48,22%), seguida da região Sul com (22,04%) e a região Nordeste (18,66%). O agente medicamento prevaleceu como a principal causa de intoxicação, no que concerne o Estado da Paraíba, foram notificados 7.433 casos, após a filtragem foram registrados 4.526, sendo avaliado as variáveis: sexo, raça/cor, faixa etária 20-79, escolaridade e circunstância. O município com maior índice foi João Pessoa, as intoxicações mais prevalentes foram adultos jovens com faixa etária de 20-39 anos (69,93%), sendo o sexo feminino com o maior índice de intoxicação (73,44%), identificando-se como preponderante a raça/cor parda (72,51%), a escolaridade com ensino médio completo (14,23%) bem como a tentativa de suicido a principal circunstância (63,32%). Portanto, torna-se necessário ações de políticas públicas de educação em saúde, bem como a participação dos profissionais de saúde na notificação dos casos de intoxicação como ferramenta essencial para rastreamento do perfil epidemiológico, assim como medidas de prevenção e promoção do uso racional de medicamentos visando a diminuição dos casos de intoxicação.
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