IMPACTO DA SÍNDROME METABÓLICA NO DESENVOLVIMENTO DE INSUFICIÊNCIA CARDÍACA: RELAÇÕES CLÍNICAS E ENDOCRINOLOGICAS

Resumen

Introdução: A Síndrome Metabólica, caracterizada por um conjunto de distúrbios metabólicos, como obesidade central, resistência à insulina, hipertensão e dislipidemia, tem se tornado um problema de saúde pública global. Sua associação com doenças cardiovasculares, em particular a insuficiência cardíaca, foi amplamente discutida na literatura científica. O aumento da prevalência desses distúrbios, especialmente em populações com alta taxa de sedentarismo e alimentação inadequada, gerou um interesse crescente em entender como esses fatores interagem para agravar a função cardíaca. A compreensão das relações clínicas e endócrinas entre a Síndrome Metabólica e a insuficiência cardíaca é essencial para o desenvolvimento de estratégias de prevenção e tratamento mais eficazes. Objetivo: Analisar a relação entre a Síndrome Metabólica e o desenvolvimento de insuficiência cardíaca, enfatizando as interações clínicas e endócrinas que podem influenciar essa condição. Metodologia: A pesquisa foi realizada com base no checklist PRISMA, utilizando as bases de dados PubMed, Scielo e Web of Science. Foram empregados cinco descritores: "Síndrome Metabólica", "Insuficiência Cardíaca", "Relações Clínicas", "Endocrinologia" e "Doenças Cardiovasculares". Os critérios de inclusão foram: artigos publicados nos últimos 10 anos, estudos que abordaram a interação entre Síndrome Metabólica e insuficiência cardíaca, e aqueles que incluíam dados clínicos ou endócrinos relevantes. Os critérios de exclusão foram: publicações em idiomas diferentes do português e inglês, estudos que não apresentavam dados empíricos, e revisões de literatura sem nova análise dos dados. Resultados: A revisão revelou que a Síndrome Metabólica aumenta significativamente o risco de insuficiência cardíaca, mediado por mecanismos inflamatórios, alterações na função endotelial e estresse oxidativo. As evidências sugeriram que a resistência à insulina e a hipertensão eram fatores de risco cruciais. Além disso, observou-se que intervenções na dieta e no estilo de vida poderiam mitigar esses riscos, evidenciando a importância de um manejo multifatorial. Conclusão: A análise demonstrou que a Síndrome Metabólica não apenas predispõe ao desenvolvimento de insuficiência cardíaca, mas também interage de forma complexa com diversos fatores clínicos e endócrinos. A compreensão dessas interações é fundamental para a formulação de intervenções preventivas e terapêuticas eficazes, enfatizando a necessidade de estratégias integradas no manejo de pacientes afetados por essa condição.