ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A TRANSFERÊNCIA NA CLÍNICA PSICANALÍTICA COM CRIANÇAS

Autores

  • Alex Alves Sousa Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos- UNITPAC
  • Milena Silva Fernandes Sousa Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos – UNITPAC
  • Francisco Neto Pereira Pinto Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos – UNITPAC

DOI:

https://doi.org/10.51891/rease.v9i3.9191

Palavras-chave:

Psicanálise. Criança. Transferência.

Resumo

Este trabalho trata-se de uma revisão de literatura narrativa que buscou apresentar algumas considerações sobre a transferência na clínica psicanalítica com crianças, a partir da perspectiva freudo-lacaniana. Mediante esse método, investigaram-se os escritos por meio de livros de autores de referência no assunto. Assim, numa perspectiva precípua, aparece Sigmund Freud, Jacques Lacan e, posteriormente, os estudos de Maud Mannoni e Liége Lise. Inicialmente, utilizou-se como base de discussão a obra de Freud, intitulada Análise de uma Fobia em um Menino de Cinco Anos “O Pequeno Hans” (1909). Esse caso clínico foi de suma importância para o desenvolvimento da análise com criança, visto que é o primeiro relato a ser publicado por Sigmund, desenvolvido posteriormente por seus seguidores. Desse modo, por meio do exame de tais materiais, foi possível verificar algumas características peculiares ao atendimento psicanalítico infantil, dentre estas: o processo analítico inicia-se a partir de um desejo de um terceiro, ou seja, a criança não tem autonomia para buscar um psicanalista, sendo essa procura o fruto do desejo dos pais. Dessa maneira, é um processo transferencial que se dá a muitos, visto que são estes que buscam o tratamento com a expectativa resolver algo, que, em grande parte, diz de suas próprias faltas, isto é, os seus próprios sintomas. Assim, o objetivo da análise infantil visa à passagem da criança-sintoma à criança que tem sintoma, e dar a este a possibilidade de assumir o seu próprio desejo em detrimento de seus cuidadores, consequentemente deixa de responder a suas expectativas e faltas. Em contrapartida, sem o estabelecimento da transferência, tal processo fica impossibilitado de ocorrer, não havendo tal fenômeno não há como se desenvolver a análise. Dessa forma, a análise é atravessada por este, na qual se dá de forma coletiva ou a muitos. E cabe o analista atentar a estes aspectos na busca de desenvolver o manejo transferencial.       

Biografia do Autor

Alex Alves Sousa, Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos- UNITPAC

Graduado em psicologia no Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos - UNITPAC. 

Milena Silva Fernandes Sousa, Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos – UNITPAC

Pós-graduada em Avaliação psicológica e psicodiagnóstico pela UNIBF. Graduada em psicologia no Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos – UNITPAC. 

Francisco Neto Pereira Pinto, Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos – UNITPAC

Doutorado em Ensino de Língua e Literatura pela Universidade Federal do Tocantins - UFT. Professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Linguística e Literatura - PPGLLIT, da Universidade Federal do Norte do Tocantins - UFNT. Professor nos Cursos de Medicina, Psicologia e Direito do Centro Universitário Presidente Antônio Carlos - UNITPAC.

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Publicado

2023-04-24

Como Citar

Sousa, A. A., Sousa, M. S. F., & Pinto, F. N. P. (2023). ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A TRANSFERÊNCIA NA CLÍNICA PSICANALÍTICA COM CRIANÇAS. Revista Ibero-Americana De Humanidades, Ciências E Educação, 9(3), 2200–2219. https://doi.org/10.51891/rease.v9i3.9191