ABORTO COMO QUESTÃO DE SAÚDE PÚBLICA: EPIDEMIOLOGIA NACIONAL DOS ÓBITOS POR ABORTO DE 2008 A 2018
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v8i6.5826Palavras-chave:
Aborto. Mortalidade materna. Mortes por aborto. Humanização.Resumo
O aborto é definido pela Organização Mundial de Saúde como como a expulsão do feto com < 22 semanas ou < 500g. De acordo com a PNA 2016, uma a cada cinco mulheres até 40 anos relataram que já cometeram ao menos um aborto, muitos deles ocorrendo de forma insegura, provocando óbitos. O objetivo do presente estudo é avaliar as taxas de mortalidade materna por aborto de acordo com as regiões do Brasil em 10 anos, buscando demonstrar níveis de subnotificação desses dados. Foi feita uma coleta de dados do DATASUS, de janeiro de 2008 a dezembro de 2018, analisando o número de internações por aborto, óbitos por aborto, por faixa etária e regiões do Brasil. No período analisado, ocorreram 2.286.876 internações decorrente de gestações que resultaram em aborto, sendo o sudestes a região com maior incidência (845.032) e centro-oeste com menor índice (157.869). O número total de óbitos foi 797 e o gasto total com essas internações em 10 anos foi de R$521.099.594,21. Desse modo, conclui-se que o sudeste se destaca, podendo ser pela sua maior disponibilidade de recursos. Por conseguinte, deduz-se um alto nível de subnotificações, ressaltando a necessidade de medidas que ampliem a acessibilidade e o acolhimento dessas mulheres em situação de vulnerabilidade, através de equipe multidisciplinar e profissionais especializados nestes casos, além da capacitação para preenchimento da declaração de óbito, buscando minimizar as complicações e os óbitos.
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