RESILIÊNCIA E COPING EM CASAIS DE FAMÍLIAS EM CONTEXTO DE RISCO. UMA PERSPECTIVA DO MODELO SALUTOGÊNICA

Resumo

A resiliência tem sido reconhecida como um processo comum e presente no desenvolvimento de qualquer ser humano (MASTEN, 2001). Contudo, faz-se necessária uma análise ecológica, a fim de investigar a maneira como as pessoas percebem e enfrentam as adversidades decorrentes dos processos proximais, bem como a influência do contexto e do tempo em que estão vivendo (CECCONELLO, 2003). Este artigo procura analisar a resiliência em casais de famílias afetadas por desastres naturais em Moçambique, dentro de um contexto de vulnerabilidade decorrente dos efeitos do desastre natural, IDAI, ocorrido em Março de 2019. A abordagem é qualitativa, assente na revisão bibliográfica de literaturas do tema em estudo. As fontes de investigação são: Google Académico; Libgen; Mendeley Reference Maneger e Scielo. O estudo incide em casais da comunidade de Savane, distrito de Dondo, Província de Sofala, região centro de Moçambique. Assume-se no estudo que as mudanças climáticas são consideradas o maior e mais complexo desafio da contemporaneidade, sendo as mesmas traduzidas em projeções científicas que delineiam cenários de grande impacto para todas as formas de vida na terra (IPCC, 2018). Moçambique é considerado um país propenso aos desastres naturais, devido a sua localização geográfica. Toma-se a abordagem sistémica para explicar a resiliência e coping em casais, a relação que se estabelece entre os elementos da família e o contexto, partindo da explicação dos vários cenários em que os casais atravessam os momentos de desastres naturais e que são levadas para os centros de reassentamento “transição ecológica”, de certa forma não tendo privacidade e são obrigadas a viver em condições precárias. Conclui-se que essa conceituação não faz referência ao impacto da família no indivíduo, mas, encara a família como uma unidade coletiva cujos resultados também são de interesse da mesma.