A PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE SOBRE A CULTURA DE SEGURANÇA DO PACIENTE EM UM HOSPITAL DE ENSINO DA GRANDE SÃO PAULO
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v7i10.2498Palavras-chave:
Cultura de segurança do Paciente. Qualidade. Enfermagem. Segurança do paciente.Resumo
A perceção dos profissionais de saúde sobre a cultura de segurança do paciente em hospital de ensino da grande São Paulo. Trata-se de um projeto de intervenção cujo objetivo foi analisar a percepção do profissional da área de saúde, diante da cultura de segurança do paciente implantada. Aplicado na equipe multiprofissional de um hospital da grande São Paulo a partir do instrumento validado por REIS (2013) do qual se divide em duas partes: caracterização sociodemográfica e onze dimensões de cultura de segurança do paciente. As perguntas redigidas de forma afirmativas ou negativas obedecendo os critérios propostos na Escala Likert. A técnica empregada para facilitar a adesão e participação foi a disponibilidade computadores na entrada das unidades de internação e administração, bem como o envio de um link de preenchimento através da mídia social (WhatsApp). A amostra da pesquisa contou com a distribuição de 1015 questionários, como retorno de 772 (76%), o que representa adequada adesão dos participantes. Os resultados da pesquisa foram divulgados via intranet da instituição para todos da equipe multiprofisional, dividido em duas etapas: pontos fortes e pontos frágeis. Ressalta-se que diante dos resultados apresentados foram ainda enviadas propostas com ações de reforço e melhoria. Eis alguns dos principais resultados: a) Staffing 19% acreditavam que a instituição apresenta quantidade, suficiente de colaboradores para lidar com a carga de trabalho, contudo, 36% relataram que os colaboradores trabalham a mais do que o necessário, 50% referiram que a instituição utiliza mais colaboradores temporários do que o necessário, mesmo com a intencionalidade de que seja prestado um melhor atendimento e 33% consideraram que trabalham em modo de crise, em resposta ao alto absenteísmo; b) Transferências internas e passagens de plantão - 32% afirmaram perder informações durante as transferências internas do paciente, 31% apontaram as trocas de turno como problemáticas aos pacientes e 36% identificaram problemas frequentes ocorridos na troca de informação entre unidades; c) Respostas não punitivas aos erros - 31% possuem a percepção de seus erros são levantados contra eles, 29% informaram que quando há evento relatado, o colaborar fica em evidência, sendo a pessoa avaliada e não o problema; 21% temem que erros cometidos sejam mantidos em seus arquivos pessoais. Considera-se que os resultados constituem-se oportunidades de melhoria e fortalecimento das ações de forma que a assistência à saúde seja com maior qualidade, minimizando os problemas existentes e futuramente ganhando maior maturidade na cultura de segurança do paciente.
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