O PODER E ALGORITMO: O CONSTITUCIONALISMO DIGITAL NA ERA DAS BIG TECHS

Autores

  • João Vitor Negreiros Chaparro Universidade Federal do Amazonas
  • Daniel Cardoso Gerhard Universidade Federal do Amazonas

DOI:

https://doi.org/10.51891/rease.v11i12.23417

Palavras-chave:

Constitucionalismo Digital. Soberania Digital. Regulação de Plataformas. Big Techs. Direitos Fundamentais.

Resumo

A digitalização das relações sociais reconfigurou o exercício do poder, sendo grande parte deste transferido aos particulares das empresas digitais, insistindo em um dilema das normas particulares e das normas estatais, criando uma lacuna legislativa na qual ocorrem diversos debates e processos atuais questionando o poder das redes sociais e dos atores privados transnacionais ( Bigs Techs). Hodiernamente, no contexto global, essas mudanças manifestam-se por meio de Termos de Uso e sistemas algorítmicos que, embora promovam a fluidez e a conectividade necessária à existência de uma rede social, podem fomentar práticas criminosas, como: racismo, pedofilia, discursos de ódio, misoginia etc. Outrossim, ampliam o poder normativo privado e ameaçam direitos fundamentais. Este artigo tem como objetivo analisar os impactos da governança privada tanto sobre os usuários das plataformas, quanto sobre a democracia e a soberania, destacando as respostas institucionais, sendo essas legislativas ou judiciais, como estratégias de reafirmação do constitucionalismo. A pesquisa foi desenvolvida por meio de revisão bibliográfica, baseando-se principalmente na doutrina nacional, doutrinas estrangeiras e análise documental de legislações, projetos de leis e jurisprudências. Os resultados indicam que a implementação de sistemas algorítmicos impostos por essas redes tende a reproduzir práticas de vigilância sobre os vídeos postados e a modulação comportamental, exigindo que as instituições estatais desenvolvam novas formas de resistência e regulamentação de limites. O estudo evidencia a necessidade de políticas públicas que reconheçam a eficácia horizontal dos direitos fundamentais no ambiente digital. Conclui-se que o constitucionalismo digital é, além de uma teoria emergente, uma condição essencial para a sobrevivência da democracia na sociedade da informação.

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Biografia do Autor

João Vitor Negreiros Chaparro, Universidade Federal do Amazonas

Acadêmico de Direito na Universidade Federal do Amazonas. Universidade Federal do Amazonas.

Daniel Cardoso Gerhard, Universidade Federal do Amazonas

Pós-Doutor em Direito pela Universitá del Santento (Itália). Doutor em Direito pela PUC Minas. Professor efetivo da Faculdade de Direito da UFAM. Universidade Federal do Amazonas.

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Publicado

2025-12-22

Como Citar

Chaparro, J. V. N., & Gerhard, D. C. (2025). O PODER E ALGORITMO: O CONSTITUCIONALISMO DIGITAL NA ERA DAS BIG TECHS. Revista Ibero-Americana De Humanidades, Ciências E Educação, 11(12), 6602–6621. https://doi.org/10.51891/rease.v11i12.23417