HIPERTENSÃO PULMONAR EM PEDIATRIA: DESAFIOS DIAGNÓSTICOS E TERAPÊUTICOS PARA REDUÇÃO DA MORBIMORTALIDADE
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v1i1.22984Palavras-chave:
Hipertensão pulmonar. Pediatria. Diagnóstico. Tratamento. Vasodilatadores.Resumo
Introdução: A hipertensão pulmonar é uma condição rara, progressiva e potencialmente fatal, caracterizada pelo aumento da pressão arterial pulmonar e sobrecarga do ventrículo direito. Em pediatria, a doença apresenta maior complexidade devido à sua associação com cardiopatias congênitas, doenças pulmonares crônicas e condições neonatais que comprometem a adaptação circulatória pós-natal. O diagnóstico precoce é dificultado pela inespecificidade dos sintomas, como dispneia e fadiga, resultando em atrasos terapêuticos que aumentam a morbimortalidade. O ecocardiograma transtorácico tem papel central na triagem e acompanhamento, enquanto o cateterismo cardíaco direito permanece como padrão-ouro diagnóstico. Avanços terapêuticos recentes, como o uso de vasodilatadores específicos, óxido nítrico inalado e suporte ventilatório avançado, têm contribuído para melhores prognósticos, embora persistam desafios quanto à padronização de protocolos pediátricos e ao acesso a tecnologias especializadas. Objetivo: Analisar a hipertensão pulmonar em pediatria, com foco em suas causas, manifestações clínicas e terapêuticas, visando contribuir para o diagnóstico precoce e a redução da morbimortalidade infantil. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica de caráter descritivo e abordagem qualitativa, fundamentada na análise de produções científicas publicadas entre 2017 e 2025.Análise e discussão dos resultados: A hipertensão pulmonar pediátrica apresenta múltiplas etiologias, destacando-se as cardiopatias congênitas e as doenças pulmonares crônicas. O diagnóstico precoce é desafiador devido à inespecificidade dos sintomas, sendo o ecocardiograma o principal exame de triagem e o cateterismo cardíaco o método confirmatório. As abordagens terapêuticas vêm evoluindo com o uso de vasodilatadores pulmonares, como sildenafila, bosentana e prostaciclinas, além do óxido nítrico inalatório em casos agudos. Observou-se, ainda, a importância da atuação multiprofissional e da individualização terapêutica conforme a gravidade clínica e os recursos disponíveis. Conclusão: apesar avanços diagnósticos e terapêuticos, ainda persistem desafios relacionados ao acesso a centros especializados e à padronização de protocolos clínicos. O fortalecimento de políticas públicas, o investimento em pesquisa e a capacitação das equipes de saúde são fundamentais para melhorar o prognóstico e a qualidade de vida das crianças com hipertensão pulmonar.
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