A INFLUÊNCIA DO ESTADO NUTRICIONAL MATERNO NA GESTAÇÃO SOBRE O RISCO DE TDAH EM CRIANÇAS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i12.22775Palavras-chave:
TDAH. Gestação. Nutrição materna. Neurodesenvolvimento. Prevenção.Resumo
O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurodesenvolvimental caracterizado por desatenção, impulsividade e hiperatividade, com início na infância e impacto significativo na vida escolar, social e adulta. Estudos recentes têm apontado que fatores nutricionais durante a gestação podem influenciar o neurodesenvolvimento fetal e, consequentemente, o risco de TDAH. Nutrientes como ferro, iodo, zinco e ácidos graxos ômega-3 desempenham papel essencial na formação do sistema nervoso central. Deficiências desses nutrientes estão associadas a prejuízos cognitivos e comportamentais, podendo aumentar a predisposição ao TDAH. O desenvolvimento deste estudo baseia-se em uma revisão integrativa da literatura, que reúne e analisa publicações científicas dos últimos dez anos, disponíveis em bases de dados como PubMed e SciELO. Foram incluídos artigos que investigam a relação entre o estado nutricional materno, a qualidade da dieta durante a gestação e o risco de alterações no neurodesenvolvimento infantil, com foco específico na manifestação do TDAH. Os achados apontam que padrões alimentares maternos saudáveis, ricos em micronutrientes e ácidos graxos essenciais, estão associados a melhor desenvolvimento cognitivo e comportamental das crianças. Em contrapartida, dietas pró-inflamatórias, ricas em gorduras saturadas e ultraprocessados, têm sido relacionadas a maior risco de alterações neuropsicológicas e sintomas compatíveis com o TDAH. Como considerações finais, observa-se que o estado nutricional materno exerce influência significativa sobre o desenvolvimento cerebral fetal, reforçando a importância de uma alimentação equilibrada durante a gestação como fator preventivo para o TDAH. A promoção de intervenções nutricionais direcionadas às gestantes pode contribuir para reduzir o risco de transtornos neurocomportamentais na infância e melhorar a saúde materno-infantil. Além disso, este estudo destaca a necessidade de novas pesquisas que aprofundem os mecanismos biológicos envolvidos e subsidiem políticas públicas voltadas à nutrição e saúde mental desde o período gestacional.
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