INFECÇÃO, RASTREABILIDADE E PROVA BIOLÓGICA: INTERFACES ENTRE BIOSSEGURANÇA ESTÉTICA E ANÁLISE FORENSE

Autores

  • Julia Lourenço Gomes UNIFEB
  • Maria Fernanda Morais Paula UNIFEB
  • Simone Barone Salgado Marques UNIFEB

DOI:

https://doi.org/10.51891/rease.v11i11.22719

Palavras-chave:

Biossegurança. Procedimentos estéticos. Análise forense.

Resumo

O presente estudo analisou evidências científicas publicadas entre 2021 e 2025 sobre riscos infecciosos em procedimentos estéticos e avanços metodológicos aplicados à investigação forense de vestígios biológicos, com o objetivo de identificar convergências entre os dois campos no que se refere ao controle microbiológico, à rastreabilidade de materiais e à dependência de protocolos técnicos validados. A síntese dos resultados revelou que, no setor estético, a contaminação não é um evento pontual, mas um fenômeno sistêmico associado à ausência de fiscalização contínua, ao uso de insumos previamente contaminados e à execução fragmentada de normas de biossegurança. Os achados demonstram que o risco não está restrito ao momento da aplicação dos procedimentos, mas envolve toda a cadeia produtiva, desde a fabricação de cosméticos até o descarte pós-atendimento.No campo forense, os estudos apontam para uma ruptura com o modelo tradicional de análise baseado exclusivamente na presença visível de fluido biológico. Novas abordagens, como microRNA, autofluorescência celular e Y-STR, permitem identificar vestígios degradados ou não detectáveis por métodos convencionais, o que amplia a capacidade probatória em casos de violência sexual sem sêmen identificado ou com amostras escassas. A comparação entre os dois campos evidencia que ambos enfrentam falhas estruturais semelhantes: a produção de risco ou de erro não decorre da ausência de tecnologia, mas da sua incorporação lenta às rotinas profissionais e normativas. Conclui-se que a efetividade das práticas de biossegurança e da investigação científica depende da articulação entre evidência técnica, regulamentação atualizada e formação profissional contínua, sob risco de manter sistemas que transferem falhas institucionais para indivíduos expostos ao dano.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Julia Lourenço Gomes, UNIFEB

Graduanda em Biomedicina, com conclusão prevista para 2025, Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos – UNIFEB.

Maria Fernanda Morais Paula, UNIFEB

Graduanda em Biomedicina, Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos – UNIFEB.

Simone Barone Salgado Marques, UNIFEB

Professora orientadora, Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos – UNIFEB.

Downloads

Publicado

2025-11-28

Como Citar

Gomes, J. L., Paula, M. F. M., & Marques, S. B. S. (2025). INFECÇÃO, RASTREABILIDADE E PROVA BIOLÓGICA: INTERFACES ENTRE BIOSSEGURANÇA ESTÉTICA E ANÁLISE FORENSE. Revista Ibero-Americana De Humanidades, Ciências E Educação, 11(11), 8991–9003. https://doi.org/10.51891/rease.v11i11.22719