ARTE COMO ATO DE RESISTÊNCIA À PATOLOGIZAÇÃO DA EXISTÊNCIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA EM UM CAPS II
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i11.22674Palavras-chave:
CAPS. Arte.Cuidado. Singularidade. Experiência.Resumo
Este trabalho tem o objetivo de refletir sobre a arte como um dispositivo de cuidado no contexto de um Centro de Atenção Psicossocial II (CAPS II) no sul do país. Composto como relato de experiência, o artigo discute como a dimensão política da arte pode agenciar forças contrárias à patologização da existência. Esse movimento acontece devido ao potencial da experiência estética em produzir aberturas nos processos de subjetivação, disponibilizando modos de expressão e de emergência da singularidade. Tal processo apresenta uma temporalidade singular, e, por isso, buscou-se investigar os efeitos em dois tempos: em oficinas e fora delas. O método seguiu as orientações da pesquisa intervenção, cujo fundamento é a inserção dos pesquisadores como mais uma força, não neutra, dentro do campo de análise e atuação. Os resultados foram atrelados ao domínio da arte como uma catalisadora de fagulhas de potência, tanto para os usuários quanto para a instituição que os acolhe, constituindo-se enquanto prática inventiva, do modo psicossocial, de resistência às forças neoliberais de retorno ao modo asilar. Deste modo, conclui-se que as práticas artísticas do CAPS atuam como resistência à patologização da existência.
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