ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DE ASCARIDÍASE NA INFÂNCIA
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v3i02.22656Palavras-chave:
Ascaridíase Enfermagem. Educação em Saúde. Prevenção. Infância.Resumo
O artigo analisa a atuação do enfermeiro na prevenção da ascaridíase na infância, parasitose intestinal causada pelo Ascaris lumbricoides e reconhecida como um importante problema de saúde pública, sobretudo em contextos marcados pela precariedade do saneamento básico, ausência de água potável e inadequação das práticas de higiene. A doença, frequentemente associada a vulnerabilidades sociais, compromete o crescimento, o desenvolvimento e o estado nutricional de crianças, exigindo ações preventivas consistentes e integradas no âmbito da Atenção Primária à Saúde (APS). Nesse sentido, o objetivo do estudo foi compreender, a partir da literatura científica, o papel desempenhado pelo enfermeiro na prevenção, no reconhecimento precoce e no manejo dos agravos decorrentes da ascaridíase infantil. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, exploratória e qualitativa, realizada em bases de dados nacionais e composta por publicações divulgadas entre os anos de 2015 e outubro de 2025. As evidências analisadas apontam que a educação em saúde constitui o eixo central das estratégias preventivas, permitindo ao enfermeiro atuar como agente multiplicador do conhecimento e fomentador de mudanças comportamentais junto às famílias e comunidades. Destacam-se ações voltadas para a promoção de hábitos de higiene, uso adequado de água tratada, higienização de alimentos e manejo correto de resíduos, elementos essenciais para interrupção do ciclo de transmissão do parasita. Os resultados também evidenciam a importância da capacitação contínua dos profissionais de enfermagem, bem como o fortalecimento das políticas de promoção e prevenção em saúde. A atuação do enfermeiro, ao integrar práticas educativas, vigilância em saúde, avaliação clínica e articulação intersetorial, revela-se estratégica para reduzir a incidência da parasitose e mitigar complicações clínicas, como desnutrição, obstrução intestinal e déficits cognitivos. Conclui-se que a qualificação da prática educativa e o aprimoramento das ações da APS são fundamentais para o enfrentamento da ascaridíase, contribuindo para melhores condições de saúde infantil e para o avanço de estratégias sustentáveis de controle das enteroparasitoses no território.
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