CURATIVOS EM PACIENTES QUEIMADOS: ABORDAGEM DA ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DE INFECÇÕES E CONTROLE DA DOR: REVISÃO NARRATIVA DA LITERATURA

Autores

  • Ana Luisa Alves Rodrigues IESB
  • Erlayne Camapum Brandão IESB

DOI:

https://doi.org/10.51891/rease.v11i11.22338

Palavras-chave:

Queimaduras. Cuidados de enfermagem. Dor processual. Infecção de ferimentos e Curativos de Hidrogéis.

Resumo

As queimaduras são definidas como graves lesões nos tecidos orgânicos, causadas por diversos agentes como calor, eletricidade ou substâncias químicas, e representam um sério problema de saúde pública no contexto brasileiro. Esta condição é a segunda principal causa de morte na infância e resulta em cerca de um milhão de acidentes anuais, com um registro de 9.079 internações somente em 2023. A classificação da lesão é um determinante crucial para o tratamento e prognóstico, mas é essencial reconhecer que, além do trauma físico, as queimaduras geram dor intensa e grande impacto emocional. Devido à destruição da barreira cutânea e ao comprometimento das funções imunológicas da pele, a infecção se destaca como a principal complicação grave, sendo responsável por 75% a 80% dos óbitos registrados em Centros de Tratamento de Queimados. Diante da fragilidade e do risco elevado dos pacientes, o enfermeiro desempenha um papel fundamental na escolha das coberturas e no manejo clínico integral. Neste cenário, o presente trabalho, por meio de uma revisão narrativa da literatura de doze estudos publicados entre 2017 e 2024, teve como objetivo principal compreender de que forma os curativos influenciam a prevenção de infecções e o controle da dor em pacientes queimados, destacando o papel da enfermagem na escolha das coberturas. A análise revela que a Sulfadiazina de Prata a 1% permanece como uma das terapias tópicas mais utilizadas e eficazes, devido à sua potente ação antimicrobiana contra patógenos como Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa. Contudo, a necessidade de trocas frequentes exigidas pela sulfadiazina de prata aumenta a dor e o desconforto do paciente. A problemática da dificuldade de gerenciar o equilíbrio entre controle antimicrobiano e conforto do paciente demonstrou a necessidade de se buscar alternativas, sendo abordadas as novas tecnologias, como os hidrogéis (que promovem desbridamento autolítico e aliviam a dor local) e a promissora utilização do xenoenxerto com pele de Tilápia do Nilo (que reduz a dor e o número de trocas de curativo). O manejo da dor é crucial, dado que aproximadamente 80% dos pacientes relatam dor máxima ou insuportável, sendo necessário integrar estratégias farmacológicas com medidas não farmacológicas, como a conversa terapêutica e o estabelecimento de vínculo de confiança. Em face deste quadro complexo, conclui-se que a escolha do curativo deve ser individualizada, priorizando o controle antimicrobiano, mas sempre garantindo o conforto e a redução da dor, sendo a atuação do enfermeiro determinante para uma assistência humanizada e o sucesso do tratamento.

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Biografia do Autor

Ana Luisa Alves Rodrigues, IESB

Acadêmica/Função: Acadêmica do curso de Enfermagem, Centro Universitário IESB.

Erlayne Camapum Brandão, IESB

Coordenadora e Orientadora, Centro Universitário IESB. 

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Publicado

2025-11-18

Como Citar

Rodrigues, A. L. A., & Brandão, E. C. (2025). CURATIVOS EM PACIENTES QUEIMADOS: ABORDAGEM DA ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DE INFECÇÕES E CONTROLE DA DOR: REVISÃO NARRATIVA DA LITERATURA . Revista Ibero-Americana De Humanidades, Ciências E Educação, 11(11), 5282–5299. https://doi.org/10.51891/rease.v11i11.22338