CANABIDIOL NO ESPECTRO AUTISTA: EVIDÊNCIAS CLÍNICAS E LIMITES ÉTICOS DO USO TERAPÊUTICO

Autores

  • Samuel Felício de Oliveira
  • Helena da Veiga Granemann
  • Suyara Veloso e Lemos
  • Lailla Christye Faria Neves
  • Raisa D’ Ricolli Rebouças Rocha
  • Bárbara Luã Barreto de Paula
  • Pedro Ivo Palacios Freitas
  • Isabela Sousa Carvalho
  • Camille Cipriano Vanini Tupinambá de Oliveira
  • Euripedes da Costa Machado

DOI:

https://doi.org/10.51891/rease.v11i12.22272

Palavras-chave:

Canabidiol. Transtorno do espectro autista. Cannabinoides. Efeitos adversos e terapêutica.

Resumo

Introdução: O canabidiol (CBD) foi discutido como interveniência potencial no manejo de sintomas associados ao transtorno do espectro autista (TEA), motivando investigações clínicas que avaliaram desde alterações comportamentais até impacto em comorbidades neurológicas. A literatura recente explorou mecanismos neurofisiológicos plausíveis, incluindo modulação do sistema endocanabinoide, ação anti-inflamatória e efeito sobre excitação neuronal, e relatou resultados heterogêneos decorrentes de desenhos de estudo variados, amostras pequenas e medidas de desfecho não padronizadas. Objetivo: Sintetizar evidências clínicas sobre o uso terapêutico do canabidiol no espectro autista e analisar os limites éticos associados à sua aplicação em populações vulneráveis. Metodologia: A revisão seguiu o checklist PRISMA para buscas, seleção, extração e síntese de dados, consultando as bases PubMed, SciELO e Web of Science e considerando artigos científicos publicados nos últimos dez anos. Foram utilizados cinco descritores: "canabidiol", "transtorno do espectro autista", "cannabinoides", "efeitos adversos" e "terapêutica". Incluíram-se estudos clínicos controlados ou observacionais com desfechos comportamentais e de segurança, revisões sistemáticas e capítulos de livros; excluíram-se relatos anedóticos sem dados clínicos, estudos pré-clínicos sem tradução clínica e publicações fora do período estipulado. Resultados: Encontraram-se evidências preliminares de redução em sintomas como agitação e episódios de agressividade em alguns estudos, porém a variabilidade de doses, formulações e critérios de avaliação comprometeu interpretações firmes. Foram frequentemente relatados efeitos adversos leves a moderados e lacunas em seguimento a longo prazo. Conclusão: As evidências clínicas apontaram para potenciais benefícios do CBD em subgrupos do TEA, mas foram insuficientes para recomendações generalizadas; questões metodológicas e éticas exigiram estudos robustos, padronizados e com monitoramento prolongado antes de sua incorporação à prática clínica.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2025-12-11

Como Citar

Oliveira, S. F. de, Granemann, H. da V., Lemos, S. V. e, Neves, L. C. F., Rocha, R. D. R. R., Paula, B. L. B. de, … Machado, E. da C. (2025). CANABIDIOL NO ESPECTRO AUTISTA: EVIDÊNCIAS CLÍNICAS E LIMITES ÉTICOS DO USO TERAPÊUTICO. Revista Ibero-Americana De Humanidades, Ciências E Educação, 11(12), 4085–4098. https://doi.org/10.51891/rease.v11i12.22272