CANABIDIOL NO ESPECTRO AUTISTA: EVIDÊNCIAS CLÍNICAS E LIMITES ÉTICOS DO USO TERAPÊUTICO
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i12.22272Palabras clave:
Canabidiol. Transtorno do espectro autista. Cannabinoides. Efeitos adversos e terapêutica.Resumen
Introdução: O canabidiol (CBD) foi discutido como interveniência potencial no manejo de sintomas associados ao transtorno do espectro autista (TEA), motivando investigações clínicas que avaliaram desde alterações comportamentais até impacto em comorbidades neurológicas. A literatura recente explorou mecanismos neurofisiológicos plausíveis, incluindo modulação do sistema endocanabinoide, ação anti-inflamatória e efeito sobre excitação neuronal, e relatou resultados heterogêneos decorrentes de desenhos de estudo variados, amostras pequenas e medidas de desfecho não padronizadas. Objetivo: Sintetizar evidências clínicas sobre o uso terapêutico do canabidiol no espectro autista e analisar os limites éticos associados à sua aplicação em populações vulneráveis. Metodologia: A revisão seguiu o checklist PRISMA para buscas, seleção, extração e síntese de dados, consultando as bases PubMed, SciELO e Web of Science e considerando artigos científicos publicados nos últimos dez anos. Foram utilizados cinco descritores: "canabidiol", "transtorno do espectro autista", "cannabinoides", "efeitos adversos" e "terapêutica". Incluíram-se estudos clínicos controlados ou observacionais com desfechos comportamentais e de segurança, revisões sistemáticas e capítulos de livros; excluíram-se relatos anedóticos sem dados clínicos, estudos pré-clínicos sem tradução clínica e publicações fora do período estipulado. Resultados: Encontraram-se evidências preliminares de redução em sintomas como agitação e episódios de agressividade em alguns estudos, porém a variabilidade de doses, formulações e critérios de avaliação comprometeu interpretações firmes. Foram frequentemente relatados efeitos adversos leves a moderados e lacunas em seguimento a longo prazo. Conclusão: As evidências clínicas apontaram para potenciais benefícios do CBD em subgrupos do TEA, mas foram insuficientes para recomendações generalizadas; questões metodológicas e éticas exigiram estudos robustos, padronizados e com monitoramento prolongado antes de sua incorporação à prática clínica.
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