DESENVOLVIMENTO DA AUTOCONFIANÇA E DA AUTOEFICÁCIA EM MATEMÁTICA POR MEIO DA METODOLOGIA KUMON
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i11.22135Palavras-chave:
Autoconfiança. Autoeficácia. Educação Matemática. Kumon. Motivação para aprender.Resumo
A literatura em Educação Matemática tem evidenciado, nas últimas décadas, que o desempenho em Matemática é influenciado por fatores afetivos e motivacionais, entre os quais se destacam a autoconfiança e a autoeficácia dos estudantes. À luz da Teoria Social Cognitiva de Bandura (1986, 1997) e de estudos empíricos que mostram correlações significativas entre crenças de capacidade e rendimento escolar em Matemática, este artigo discute como a metodologia Kumon pode favorecer o desenvolvimento de autoconfiança e autoeficácia na disciplina. Inicialmente, apresentam-se conceitos e dimensões de autoconfiança no contexto educacional, diferenciando-a de construtos correlatos como autoconceito e autoestima, apoiando-se em Faria, Souza e Faria (2016), Hazin, Frade e Falcão (2010) e Meza-Cascante, Agüero-Calvo e Suárez-Valdés-Ayala (2019). Em seguida, discutem-se as bases teóricas da autoeficácia e as contribuições de Bandura (1986, 1997), articulando-as com estudos sobre autoeficácia matemática, como Brito e Souza (2015), Dobarro e Brito (2010) e Souza (2008). Analisa-se, ainda, a relação entre autoconfiança, autoeficácia e desempenho em Matemática, com destaque para pesquisas de Pajares (1996), Pajares e Miller (1994) e outras revisões recentes. Na sequência, descrevem-se os princípios, a organização do material e a rotina de estudos na metodologia Kumon, com base em documentos institucionais e em Orcos et al. (2019), discutindo-se pesquisas que apontam impactos positivos do método no desempenho em Matemática, como Wu (1995), Medina (1989), Begum, Bukhari e Akbar (2018, 2019) e Sulasteri, Balle e Abreu (2020). Conclui-se que o ambiente estruturado de prática graduada, foco em autonomia e ênfase em experiências de êxito, característicos do Kumon, pode constituir um contexto privilegiado para fortalecer autoconfiança e autoeficácia matemática, ainda que sejam necessárias mais investigações longitudinais com foco explícito nessas variáveis.
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