SÍNDROME HIPERTENSIVAS DA GESTAÇÃO: ATUALIZAÇÃO E PERSPECTIVAS TERAPÊUTICAS DIVISÃO
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i11.22031Palavras-chave:
Síndromes hipertensivas da gestação. Pré-eclâmpsia. Atualização. Tratamento. Terapêuticas. Fisiopatologia.Resumo
As Síndromes Hipertensivas da Gestação (SHG), com destaque para a pré-eclâmpsia, constituem a principal causa de morte materna direta global e no Brasil, mantendo taxas de morbimortalidade elevadas. Diante da evolução contínua do conhecimento, esta Revisão Integrativa da Literatura objetivou sintetizar as atualizações fisiopatológicas, diagnósticas e as perspectivas terapêuticas das SHG, com foco em publicações e diretrizes clínicas a partir de janeiro de 2020. A metodologia envolveu a busca sistemática em bases de dados como PubMed/MEDLINE, Embase, SciELO e LILACS, além de diretrizes de órgãos como a FEBRASGO. Os resultados evidenciam um avanço na fisiopatologia, que agora se concentra primariamente no desequilíbrio angiogênico, e explora o papel de novos fatores etiológicos, como a disbiose da microbiota intestinal e o impacto de condições pró-inflamatórias. No diagnóstico, houve a consolidação dos critérios de disfunção de órgãos-alvo e a incorporação de biomarcadores angiogênicos para melhor estratificação do risco e do prognóstico a curto prazo, aprimorando a tomada de decisão clínica. O manejo agudo reforça a eficácia do sulfato de magnésio para neuroprofilaxia e a intervenção imediata na crise hipertensiva. A prevenção primária foi robustecida pela recomendação categórica do Ácido Acetilsalicílico (AAS) de baixa dose para gestantes de alto risco, iniciado precocemente. As perspectivas terapêuticas apontam para a modulação direta do eixo angiogênico. Em conclusão, a ciência recente forneceu ferramentas diagnósticas e preventivas mais eficazes. Contudo, a persistência de altas taxas de mortalidade, agravada por significativas disparidades raciais e socioeconômicas, sinaliza que o desafio crítico reside na implementação universal e equitativa dessas diretrizes no sistema de saúde. A superação das iniquidades é fundamental para a redução da morbimortalidade materna por SHG.
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