TÉCNICAS LABORATORIAIS NO MÉTODO ROPA: CONTRIBUIÇÕES DA BIOMEDICINA PARA A REPRODUÇÃO ASSISTIDA
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i11.22001Palavras-chave:
Método ROPA. Biomedicina. Fertilização In vitro. Reprodução Assistida. Técnicas Laboratoriais.Resumo
O método ROPA (Recepção de Oócitos da Parceira) surge como uma alternativa inovadora no campo da reprodução assistida, especialmente desenvolvido para atender às necessidades de casais homoafetivos femininos que desejam compartilhar a experiência biológica da maternidade. Esta técnica, recentemente regulamentada no Brasil pela Resolução CFM nº 2.294/2021, permite que uma parceira doe os oócitos, enquanto a outra gesta o embrião, promovendo uma participação conjunta no processo reprodutivo. No entanto, a eficácia desse método depende criticamente da aplicação precisa de técnicas laboratoriais especializadas e da atuação qualificada de profissionais, particularmente do biomédico. Diante desse contexto, o presente estudo buscou responder à seguinte problematização: Quais técnicas laboratoriais são essenciais para o sucesso do método ROPA e como a atuação do biomédico pode otimizar esse processo? A justificativa para esta investigação baseia-se na crescente demanda por técnicas de reprodução assistida inclusivas e na necessidade de padronização de protocolos que garantam segurança e eficácia, além da escassa literatura nacional que associe a atuação da biomedicina às particularidades do método ROPA. Para tanto, realizou-se uma revisão bibliográfica sistemática de natureza qualitativa e descritiva, com busca em bases de dados especializadas por publicações entre 2015 e 2025. Os resultados demonstram que a criopreservação de oócitos por vitrificação, a fertilização in vitro com ICSI e os métodos avançados de seleção embrionária, como a análise morfocinética e o PGT-A, constituem procedimentos fundamentais para a eficácia do ROPA. A atuação do biomédico mostrou-se indispensável em todas as etapas, desde a manipulação de gametas até a transferência embrionária, requerendo não apenas competência técnica, mas também sensibilidade para aspectos éticos e emocionais inerentes a estes casos. Conclui-se que a integração adequada das técnicas laboratoriais com a atuação especializada do biomédico pode aumentar significativamente as taxas de sucesso do método, consolidando-o como uma alternativa segura, eficaz e inclusiva para casais homoafetivos femininos no contexto brasileiro.
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