MANIFESTAÇÕES NEUROPSICOLÓGICAS CAUSADAS PELA INFECÇÃO PELO VÍRUS DA DENGUE: UMA REVISÃO DE LITERATURA
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i10.21732Palavras-chave:
Dengue. Psiquiatria. saúde pública. Encefalopatia.Resumo
A dengue, causada pelo vírus DENV e transmitida pelo Aedes aegypti, é uma das arboviroses mais prevalentes no mundo. Além dos sintomas físicos característicos, como febre e dores musculares, a infecção pode levar a manifestações neuropsiquiátricas, incluindo ansiedade, depressão, transtornos de humor e, em casos mais graves, mania e psicose. Essas complicações podem ocorrer tanto na fase aguda da doença quanto no período de recuperação, afetando significativamente a qualidade de vida dos pacientes. Estudos indicam que entre 60% e 90% dos pacientes apresentam sintomas de ansiedade e depressão durante a fase aguda da dengue, enquanto cerca de 5% a 15% desenvolvem transtornos depressivos persistentes. Relatos de casos evidenciam episódios maníacos pós-dengue, caracterizados por hiperatividade, insônia, delírios e alterações de comportamento. Acredita-se que esses sintomas estejam relacionados à resposta inflamatória do organismo, danos à barreira hematoencefálica e possíveis efeitos diretos da infecção viral no sistema nervoso central. A inflamação neurotóxica induzida por citocinas, associada à resposta imunológica exacerbada, pode levar a alterações na produção dos neurotransmissores e afetar a saúde mental dos indivíduos infectados. Diante disso, torna-se fundamental a ampliação da vigilância epidemiológica, a pesquisa sobre os mecanismos neuropatogênicos da dengue e a implementação de políticas públicas para atendimento adequado dos pacientes. O reconhecimento das complicações neuropsiquiátricas da dengue é essencial para melhorar o diagnóstico e o manejo da doença, reduzindo seus impactos a longo prazo na saúde mental.
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