RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA EM SUÍNOS NA FASE DE CRECHE: PANORAMA GLOBAL E NACIONAL E MEDIDAS DE MITIGAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i10.21395Palavras-chave:
Suinocultura. Fase de creche. Saúde Única. Vigilância sanitária.Resumo
A resistência antimicrobiana (RAM) é uma ameaça crescente à saúde pública global e à sustentabilidade da produção animal, com impactos diretos sobre a eficácia terapêutica, a segurança alimentar e a integridade dos ecossistemas. Na suinocultura intensiva, a fase de creche representa um dos principais pontos críticos para a seleção e disseminação de microrganismos multirresistentes, devido a elevada pressão antimicrobiana imposta nesse período. Este trabalho tem como objetivo realizar uma revisão de literatura sobre o panorama global e nacional da RAM em suínos na fase de creche, com ênfase nos fatores fisiológicos, imunológicos, microbiológicos e de manejo que favorecem sua emergência e propagação. Foram analisadas políticas públicas internacionais (União Europeia, Estados Unidos, China, América Latina e África), mecanismos moleculares de resistência bacteriana às principais classes antimicrobianas utilizadas na suinocultura (tetraciclinas, colistina, β-lactâmicos, macrolídeos, entre outras), além da caracterização da situação brasileira quanto à regulamentação, vigilância e desafios estruturais. A revisão identificou lacunas significativas em sistemas de rastreabilidade, fiscalização e vigilância genômica, especialmente em países em desenvolvimento, e reforça a urgência da abordagem integrada da Saúde Única (One Health) para contenção da RAM. Conclui-se que a mitigação da resistência na suinocultura, sobretudo na fase de creche, exige estratégias multidimensionais, que combinem políticas públicas eficazes, práticas zootécnicas aprimoradas, diagnóstico laboratorial, educação sanitária e vigilância integrada entre os setores da saúde animal, humana e ambiental.
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