ANÁLISE DA PREVALÊNCIA DE TOXOPLASMOSE EM GESTANTES E DESIGUALDADES SOCIAIS NA BAHIA ENTRE 2019 E 2024
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i9.21210Palavras-chave:
Toxoplasmose Gestacional. Saúde Materno-fetal. Determinantes Sociais da Saúde. Epidemiologia. Bahia.Resumo
Introdução: O presente artigo aborda a toxoplasmose gestacional, infecção parasitária que pode causar aborto, malformações e sequelas neurológicas. No Brasil, é mais frequente em áreas vulneráveis, onde triagem e tratamento são limitados. Objetivo: Avaliar a prevalência da toxoplasmose gestacional na Bahia (2019–2024) e sua relação com a desigualdade social. Métodos: Estudo epidemiológico, ecológico, descritivo e transversal, com dados do DATASUS/TABNET. Foram analisadas variáveis sociodemográficas (idade materna, idade gestacional, raça/cor, escolaridade e município), com foco em áreas de extrema pobreza. A tendência temporal foi avaliada por regressão de Poisson e a análise espacial pelo Índice de Moran Local (LISA). Resultados: O Brasil registrou 67.290 casos, sendo 5.668 (8,42%) na Bahia. O estado apresentou aumento de 192,05% entre 2019 e 2023, acima da média nacional (77,54%). A maioria ocorreu em gestantes de 20–39 anos (77,1%), no segundo trimestre (43,2%), autodeclaradas pardas (63%) e residentes em municípios em extrema pobreza (33,7%). A análise espacial confirmou clusters em áreas vulneráveis. Conclusão: Os achados evidenciam desigualdades sociais. A triagem pré-natal universal, ações intersetoriais de educação em saúde e investimentos em saneamento são essenciais para reduzir riscos materno-fetais e promover equidade.
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