LABORATÓRIOS VIRTUAIS E REMOTOS NO ENSINO DE QUÍMICA EM EAD: DESAFIOS, ESTRATÉGIAS E TENDÊNCIAS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA

Resumo

Esse artigo buscou analisar, por meio de uma revisão sistemática da literatura conduzida segundo o protocolo PRISMA, os desafios, estratégias e tendências relacionadas à implementação de laboratórios virtuais e remotos no ensino de Química. Os experimentos laboratoriais sempre foram um pilar central nessa área, mas a expansão da Educação a Distância (EaD), intensificada por fatores globais como a pandemia de COVID-19 e conflitos armados, acelerou a adoção dessas ferramentas digitais. As evidências indicam que tais recursos favorecem a democratização do acesso, a redução de custos, a segurança experimental e a promoção da autonomia discente. Entretanto, permanecem limitações significativas, como a ausência de vivências sensoriais e manuais, as desigualdades socioeconômicas e as deficiências de infraestrutura tecnológica. Os estudos ainda apontam que metodologias ativas, gamificação e a integração de atividades síncronas e assíncronas fortalecem o engajamento e a aprendizagem significativa. Laboratórios remotos e take-home labs mostraram-se eficazes em contextos emergenciais, enquanto perspectivas futuras destacam o potencial da inteligência artificial, da realidade aumentada e de modelos híbridos. Conclui-se que a consolidação desses ambientes requer investimentos contínuos em infraestrutura digital, formação docente e políticas de equidade, de modo a consolidá-los como ferramentas inclusivas e permanentes no ensino de Química.