CALCINOSE CUTÂNEA: MECANISMOS, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i9.20985Palavras-chave:
Calcinose cutânea. Cálcio. Dermatologia.Resumo
A calcinose cutânea é uma condição dermatológica caracterizada pelo depósito anormal de sais de cálcio na pele e nos tecidos subcutâneos, podendo ocorrer como manifestação de doenças autoimunes, distúrbios metabólicos, traumas ou ser de origem idiopática. Essa afecção se apresenta de forma clínica variável, desde pequenas pápulas endurecidas até grandes massas calcificadas, podendo evoluir com dor, ulceração, infecção secundária, limitação funcional e comprometimento estético. Existem quatro tipos principais de calcinose cutânea: distrófica, metastática, idiopática e iatrogênica, sendo a distrófica a mais comum, frequentemente associada à esclerodermia e dermatomiosite. O diagnóstico envolve correlação clínica, exames laboratoriais e métodos de imagem, como radiografia e tomografia computadorizada, além da possibilidade de biópsia para confirmação histopatológica. O tratamento permanece desafiador e envolve abordagens conservadoras e cirúrgicas, sendo utilizadas medicações como diltiazem, bifosfonatos, probenecida e tiossulfato de sódio, com resultados variáveis. A remoção cirúrgica é considerada em casos refratários, especialmente quando há dor intensa ou infecção recorrente. Apesar do crescente interesse científico, ainda há escassez de estudos clínicos robustos que estabeleçam protocolos terapêuticos eficazes e padronizados. A compreensão dos mecanismos fisiopatológicos subjacentes, bem como a avaliação individualizada de cada caso, é essencial para otimizar o manejo clínico e melhorar o prognóstico dos pacientes. A calcinose cutânea representa, portanto, um desafio multidisciplinar, exigindo integração entre reumatologia, dermatologia, cirurgia e outras especialidades médicas envolvidas no cuidado integral.
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