USO DE PROBIÓTICOS COMO TERAPIA COMPLEMENTAR A CANDIDÍASE DE REPETIÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i9.20848Palavras-chave:
Probióticos. Microbiota. Resultado do Tratamento. Candidíase Vulvovaginal.Resumo
Introdução: A candidíase vulvovaginal de repetição (CVVR) é uma condição recorrente que afeta significativa parcela das mulheres em idade reprodutiva, causando impacto negativo na qualidade de vida. O tratamento convencional, baseado no uso de antifúngicos orais ou tópicos, apresenta limitações, como resistência fúngica e recidivas frequentes. Nesse contexto, os probióticos têm sido investigados como alternativa terapêutica complementar, visando restaurar a microbiota vaginal e reduzir a recorrência da infecção. Objetivo: Avaliar a eficácia do uso de probióticos como terapia complementar no manejo da candidíase vulvovaginal de repetição. Metodologia: Foi realizada uma busca sistemática nas bases de dados PubMed, BVS, Lilacs e ScienceDirect incluindo ensaios clínicos randomizados e estudos de coorte publicados entre 2020 e 2025. Os descritores utilizados foram “probióticos” AND “microbiota” AND “resultado do tratamento” AND “candidíase vulvovaginal”. Foram selecionados estudos que avaliaram o uso de probióticos, isolados ou associados ao tratamento antifúngico, comparados a placebo ou tratamento convencional. Resultados e Discussão: Dos estudos selecionados, a maioria demonstrou que a suplementação com probióticos, especialmente os contendo cepas de Lactobacillus (como L. rhamnosus GR-1 e L. reuteri RC-14), promoveu restauração da microbiota vaginal saudável, aumento da colonização por lactobacilos e redução da recorrência da candidíase em até 50% em comparação ao tratamento convencional isolado. Além disso, observou-se menor taxa de efeitos adversos e boa adesão ao uso dos probióticos. Entretanto, ainda existem divergências quanto à dose, duração do tratamento e vias de administração (oral versus vaginal). As evidências sugerem benefício quando usados como adjuvantes, mas não substituem o tratamento antifúngico. Conclusão: O uso de probióticos como terapia complementar na candidíase vulvovaginal de repetição mostrou resultados promissores, com redução significativa da taxa de recidiva e melhora do equilíbrio da microbiota vaginal. Apesar dos achados positivos, são necessários mais ensaios clínicos de larga escala e com protocolos padronizados para consolidar a recomendação clínica do seu uso.
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