A PRÁTICA DA ORALIDADE NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: UMA ANÁLISE DAS IMPLICAÇÕES PEDAGÓGICAS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.51891/rease.v11i9.20844

Palavras-chave:

Oralidade. Ensino Fundamental. Práticas Pedagógicas. Linguagem.

Resumo

O presente estudo investiga a oralidade como objeto de ensino sistemático nas aulas de Língua Portuguesa, delimitando o foco para o trabalho docente nos anos finais do Ensino Fundamental. O objetivo principal é identificar desafios e propor estratégias metodológicas que favoreçam o desenvolvimento das competências orais — como escuta, argumentação e fluência — articuladas às práticas sociais de uso da língua. A pesquisa fundamenta-se em referenciais teóricos como Marcuschi (2001; 2010), Rojo e Schneuwly (2006), Dolz, Schneuwly e Haller (2004), Street (1995) e Bortoni-Ricardo (2005), que discutem a relação entre oralidade e letramento, a superação da dicotomia fala/escrita e a importância dos gêneros orais na formação linguística. Metodologicamente, trata-se de uma investigação qualitativa, de caráter exploratório e descritivo, que combina revisão bibliográfica com pesquisa de campo, visando analisar práticas pedagógicas, materiais e métodos aplicados ao ensino da oralidade. Os resultados apontam que, embora documentos como os PCN e a BNCC reconheçam a relevância da oralidade, na prática ela ainda é pouco sistematizada, sendo frequentemente tratada como recurso acessório à escrita, e não como conteúdo central de ensino. Identificou-se também que a formação docente insuficiente, a escassez de recursos didáticos específicos e a cultura escolar centrada na escrita dificultam o avanço nessa área. Conclui-se que a valorização da oralidade requer mudanças estruturais e metodológicas que a coloquem em pé de igualdade com a escrita, por meio de práticas contextualizadas e diversificadas que abranjam desde gêneros formais a informais, promovendo a competência linguística integral dos alunos. Investir nesse eixo é fundamental para formar sujeitos críticos, aptos a interagir, argumentar e se expressar com eficácia em múltiplos contextos sociais.

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Biografia do Autor

Girlani Gomes Carvalho, UNADES

Licenciatura em Língua Portuguesa e Especialização em Literatura e Produção Textual, Especialização em Gestão e Coordenação Pedagógica pela Universidade Vale do Acaraú (UEVA). Mestranda em Ciências da Educação pela Universidad del Sol (UNADES) / Instituto Educainter, Professora da Rede Pública Municipal de Beberibe – CE.

Moací Silva, UNADES

Licenciatura em Língua Portuguesa e em Educação Física pela Universidade Estadual Vale do Acaraú (UEVA). Especialização em Leitura e Escrita, Mestrando em Ciências da Educação pela Universidad del Sol (UNADES) / Instituto Educainter, Professor da Rede Pública Municipal de Beberibe – CE.

Antonio Edson Alves da Silva, Instituto Educainter

Licenciatura em Letras-Português, Letras - Libras  e Pedagogia, Especialização em Língua Portuguesa, Lìngua Inglesa, Língua Espanhola, Gestão Escolar e Atendimento Educacional Especializado (AEE) Pós-Doutor em Linguística (UFC). Doutor e Mestre em Linguística Aplicada (UECE). Professor da Rede Pública Municipal de Caucaia-CE e do Instituto Educainter.

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Publicado

2025-09-01

Como Citar

Carvalho, G. G., Silva, M., & Silva, A. E. A. da. (2025). A PRÁTICA DA ORALIDADE NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: UMA ANÁLISE DAS IMPLICAÇÕES PEDAGÓGICAS. Revista Ibero-Americana De Humanidades, Ciências E Educação, 11(9), 86–99. https://doi.org/10.51891/rease.v11i9.20844