AS COMPETÊNCIAS DIGITAIS DO PROFESSOR DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS – EJA

Autores

  • Deusemar Pereira Vanderlei Universidade Tecnológica Intercontinental
  • Aníbal Barrios Fretes Universidad Tecnológica Intercontinental

DOI:

https://doi.org/10.51891/rease.v11i8.20820

Palavras-chave:

Competências Digitais. Professor da Educação de Jovens e Adultos - EJA. Planejamento e Práticas Pedagógicas.

Resumo

RESUMO: A pesquisa faz um recorte-chave a respeito das competências digitais do professor da Educação de Jovens e Adultos – EJA. Objetiva determinar os níveis de competências digitais dos professores da (EJA) em duas escolas públicas situadas no município de Caririaçu – CE. Igualmente, reforça compreender como essas competências impactam a prática pedagógica e a formação dos educadores. Assim, a pesquisa visa determinar (5) níveis de competências: nível de informação e comunicação digital, nível de criação de conteúdo digital e segurança digital e solução de problemas digitais. Alinhado a estes, a problemática se revela a partir desses níveis de competências alocados ao professor da EJA, a pergunta central da investigação se assenta ao lugar de fala do professor da EJA: Como os educadores estão preparados para integrar tecnologias digitais em suas práticas pedagógicas e quais são as barreiras enfrentadas na adoção dessas ferramentas? Assim, o contorno do problema assegura-se na necessidade de investigar as percepções desses professores em suas próprias demandas de competências relacionadas ao quesito “níveis digitais”. Contudo, o sentido é útil, pois requer que áreas não fomentadas e nem desenvolvidas possam passar a ser exitosa visando à garantia de uma formação contínua e que os estudantes dessas duas escolas consigam receber uma educação igualmente digital. Daí surge o efeito “bola da vez”, pois os níveis de competências digitais de ambos precisam se revelar ao passo que os diferentes níveis de competências digitais desses professores da EJA se mapeiam fortemente aos fins e aos meios: quem ensina e quem é ensinado, uma vez que o repertório digital é convidativo para o alcance de uma educação mapeada em competências técnicas mais acuradas no processo de ensinagem como um todo. O marco metodológico versa acerca de uma pesquisa do tipo bibliográfica onde o problema geral se reveste em pesquisar quais os níveis de competências digitais do professor da EJA. Por essa razão a pesquisa também se alinha aos objetivos gerais e específicos numa abordagem do tipo quali-quanti para uma população com um total de (11) professores. Isto é, (5) da E.E.M.T.I. São Pedro (Rede Estadual) e (6) são da E.E.F. Paulo Barbosa Leite (Rede Municipal), todos constam do quadro efetivo do Estado, possuindo formação e titulação entre graduação, especialização e mestrado. Ambos, situados no Município de Caririaçu – CE, em (2024). A pesquisa tem alicerce por um viés descritivo e exploratório uma vez que os enfoques metodológicos, empíricos e teóricos se entrelaçam para os níveis de competências em termos digitais: informação, comunicação, criação de conteúdos, segurança e solução de problemas digital. De posse dessas (5) dimensões os resultados foram sendo aprimorados e coletados face à (5) competências digitais dos professores da EJA, alinhando-se aos (5) níveis: nenhum nível, básico, intermediário, avançado e especializado. A coleta dos dados ocorreu por meio de questionário aplicado no Google Forms e aplicação de ficha de observação não participante em sala de aula. Ambos, direcionados aos professores da EJA com o intuito de desvendar o teor do planejamento e a forma da prática pedagógica dentre as (5) dimensões de competências aplicáveis em cada nível correspondente à altura do problema e relacionando-as aos objetivos identificados. Os resultados mostram que muitos educadores ainda enfrentam dificuldades em integrar as ferramentas digitais em suas práticas pedagógicas, necessitando que os mesmos tenham formação continuada para aplicar em sala de aula as ferramentas digitais, como também adquirir os níveis de competências digitais. A pesquisa revela que lacunas existem em relação às habilidades digitais dos professores da EJA, porém, a apropriação de novas estratégias de formação e cooperação nesse sentido só garantirá que todos os estudantes tenham acesso equitativo às tecnologias digitais, promovendo assim uma educação mais eficaz e inclusiva. Portanto, com a determinação dos níveis de competências digitais dos professores, facilitará assim o planejamento curricular, sua utilidade prática e aumentará a capacidade do educador em integrá-lo efetivamente às suas estratégias pedagógicas. Ainda assim, existem implicações significativas para a formação de professores, como a sugestão da necessidade de repensar às práticas pedagógicas e investir em programas de desenvolvimento profissional contínuo, focados no uso seguro, ético e eficaz das ferramentas digitais. Por essa ótica, é crucial que os programas de formação se concentrem na prática, promovendo a integração entre teoria e prática. Pois, fornecer aos professores as ferramentas e os recursos necessários para superar os desafios da era digital é caminhar para as competências digitais para o público da EJA é saber agir responsável. As políticas educacionais devem apoiar esta transformação, garantindo acesso equitativo à formação contínua e ao suporte tecnológico necessário para todos os professores. Conclui-se que há uma grande deficiência nos níveis de competências digitais nos professores, necessitando de formação continuada, no sentido de melhorar o planejamento e à prática em sala de aula. Por outro lado, a formação continuada oferecida aos professores se mostra insuficiente para suprir as demandas da era digital, pois se restringe apenas em focos que todos já conhecem como slides, vídeos etc... Aponta-se que somente com investimentos significativos em formação, infraestrutura e políticas públicas será possível garantir uma educação de qualidade e inclusiva para todos os alunos da EJA, independentemente, do contexto socioeconômico. Outro ponto-chave nesse trabalho se desvela para o discurso oficial sobre a inclusão digital na educação, onde conforme Lei nº 14,533, de 11 de janeiro de 2023, institui-se no Brasil a Política Nacional de Educação Digital – (PNED), a qual deveria ser para estruturar, articular através de programas, projetos e ações, sendo direcionadas ao acesso às tecnologias, às práticas digitais, pois, a realidade empírica é outra totalmente divergente do que consta no (PNED). Além disso, aponta-se para a necessidade de instrumentos de avaliação mais sofisticados, e o consentimento de uma análise mais aprofundada a respeito da formação docente, e que considere não apenas o conhecimento técnico, mas também atitudes e práticas pedagógicas diferenciadas. Por fim, a formação contínua, o acesso a recursos tecnológicos, e a integração efetiva da tecnologia no processo de ensinagem para o público da EJA são fatores imprescindíveis para que professores e alunos estejam preparados para os desafios do século XXI.

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Biografia do Autor

Deusemar Pereira Vanderlei, Universidade Tecnológica Intercontinental

Mestre em Ciências da Educação pela Universidade Tecnológica Intercontinental – UTIC, Paraguai (2025). Especialista em Metodologia do Ensino de História e Geografia pela Sociedade de Educação Continuada - EDUCON, Lapa, Brasil. (2009). Licenciado em História pela Universidade Regional do Cariri – URCA (2003).

Aníbal Barrios Fretes, Universidad Tecnológica Intercontinental

Orientador e Doctor em Ciencias de La Educación pela Universidad Tecnológica Intercontinental – UTIC (2013). Mastér em Ciencias de La Educación pela Universidad Tecnológica Intercontinental – UTIC, Paraguai (2007). Especialización en Educación para Entornos Virtuales (2022). Licenciado en Filosofía pela Universidad Católica “Ntra Sra de La Asunción” (1998). 

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Publicado

2025-08-27

Como Citar

Vanderlei, D. P., & Fretes, A. B. (2025). AS COMPETÊNCIAS DIGITAIS DO PROFESSOR DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS – EJA. Revista Ibero-Americana De Humanidades, Ciências E Educação, 11(8), 3139–3140. https://doi.org/10.51891/rease.v11i8.20820