BRONQUIOLITE NA PRIMEIRA INFÂNCIA: FISIOPATOLOGIA E TRATAMENTO

Resumo

Introdução: A bronquiolite viral é uma das principais causas de hospitalização em lactentes, especialmente devido à infecção pelo vírus sincicial respiratório (VSR). Embora a maioria dos casos evolua de forma autolimitada, cerca de 3% dos lactentes necessitam de internação hospitalar devido a complicações graves, como hipoxemia e apneia. O tratamento, predominantemente de suporte, enfrenta desafios, principalmente devido à ausência de tratamentos farmacológicos amplamente eficazes. Objetivo: O objetivo deste estudo revisar as evidências atuais sobre a fisiopatologia e o tratamento da bronquiolite na primeira infância. Metodologia: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura, seguindo as diretrizes PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses), para identificar, selecionar, avaliar e sintetizar estudos sobre a fisiopatologia, tratamento e prognóstico da bronquiolite em lactentes. As buscas foram feitas nas bases de dados PubMed, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e SciELO, utilizando descritores relacionados à bronquiolite e suas implicações clínicas. Resultado: A revisão identificou que, apesar da eficácia comprovada de terapias não farmacológicas, como a oxigenoterapia e a terapia com cateter nasal de alto fluxo (HFNC), os tratamentos farmacológicos, como broncodilatadores e corticosteroides, mostraram resultados variados. O uso de antibióticos foi identificado como inadequado para a maioria dos casos, uma vez que a bronquiolite tem origem viral. Conclusão: O estudo conclui que, embora os tratamentos não farmacológicos, como o uso de HFNC, se mostrem eficazes, os tratamentos farmacológicos ainda precisam de mais evidências para definir seu papel no manejo da bronquiolite. A abordagem terapêutica deve ser individualizada, com base em critérios clínicos bem estabelecidos, e mais pesquisas são necessárias para validar novas opções terapêuticas.