ANSIEDADE DIGITAL: UMA ANÁLISE NEUROPSICOLÓGICA DO USO EXCESSIVO DE TECNOLOGIA PELOS ADOLESCENTES
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i6.19730Palavras-chave:
Adolescência. Ansiedade Digital. Neuropsicologia. Redes Sociais. Uso Excessivo da Tecnologia.Resumo
O presente trabalho tem como objetivo analisar, sob uma perspectiva neuropsicológica, os efeitos do uso excessivo da tecnologia sobre o desenvolvimento de adolescentes, com ênfase na manifestação da ansiedade digital. A adolescência é uma fase marcada por intensas transformações cognitivas, emocionais e sociais, sendo também um período sensível a percepções externas. Nesse contexto, a internet e as redes sociais assumem papel central na construção da identidade e das relações interpessoais. No entanto, o uso desregulado desses recursos tem sido associado a prejuízos no funcionamento cerebral, especialmente em áreas responsáveis pelo autocontrole, tomada de decisões e regulação emocional, como o córtex pré-frontal e o sistema dopaminérgico. Estudos recentes apontam para o surgimento de sintomas semelhantes aos observados em quadros de dependência e em estágios iniciais de doenças neurodegenerativas, fenômeno descrito como “demência digital”. Além dos efeitos neurobiológicos, destacam-se o impacto psicossocial do uso compulsivo das tecnologias, evidenciado pelo aumento de quadros ansiosos, depressivos e pela deterioração das interações presenciais. A busca por validação virtual e a exposição constante a padrões idealizados fragilizam a autoestima e ampliam a vulnerabilidade emocional. Portanto, o fortalecimento de habilidades sociais, como empatia, assertividade e autocontrole, aliado ao apoio familiar e escolar, constitui-se como estratégia eficaz de prevenção e intervenção. Conclui-se que compreender os desdobramentos da ansiedade digital é essencial para promover um uso mais consciente da tecnologia e preservar o bem-estar integral dos adolescentes.
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