ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM FRENTE AOS IMPACTOS DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NA SAÚDE DA MULHER NO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i6.19684Palavras-chave:
Assistência de Enfermagem. Parto. Violência Obstétrica.Resumo
Este artigo teve como objetivo examinar de forma crítica a assistência de enfermagem e seu reflexo nos efeitos da violência obstétrica sobre a saúde física e psicológica das mulheres no Brasil. Para isso, realizou-se revisão integrativa da literatura nas bases BVS, BDENF, LILACS e SciELO, abrangendo estudos publicados entre janeiro de 2019 e dezembro de 2024. Foram utilizados os termos “Assistência de Enfermagem”, “Parto” e “Violência Obstétrica”, combinados pelo operador booleano AND em português, inglês e espanhol. Após triagem de títulos, resumos e textos completos, 26 publicações foram selecionadas e submetidas à análise de conteúdo temática conforme Bardin. Os achados apontaram alta incidência de intervenções sem consentimento — notadamente administração indiscriminada de ocitocina e imposição da posição supina — associadas a relatos de angústia, medo e sensação de abandono. Registrou-se disparidades étnico-raciais na gravidade dos abusos. Em contrapartida, práticas de enfermagem como escuta ativa, garantia de acompanhante e contato pele a pele por pelo menos 30 minutos mostraram-se eficazes na redução do estresse materno e no fortalecimento do vínculo mãe-bebê. Conclui-se que é imprescindível investir em formação continuada em comunicação empática, respeito ao consentimento informado e revisão de protocolos institucionais para mitigar a violência obstétrica, além de fomentar estudos multicêntricos e programas de capacitação que incorporem perspectivas interseccionais e antirracistas.
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