LINGUAGEM PEDAGÓGICA E FORMAÇÃO DO SUJEITO ESCOLAR: UMA REVISÃO CRÍTICA DA LITERATURA
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i5.19415Palavras-chave:
Linguagem pedagógica. Sujeito escolar. Identidade estudantil. Discurso. Práticas educativas.Resumo
Este artigo analisa os efeitos da linguagem pedagógica na constituição da identidade do sujeito escolar, com base em uma abordagem teórica fundamentada na Análise do Discurso e nas concepções de linguagem como prática social e histórica. A escola é compreendida como uma instituição discursiva que, para além da transmissão de conteúdos, atua na produção de subjetividades por meio de normas, classificações e expectativas que circulam em seus discursos cotidianos. A linguagem pedagógica exerce papel central nesse processo ao nomear, avaliar e posicionar os estudantes em categorias simbólicas que interferem diretamente na forma como se percebem e são percebidos: como alunos exemplares, desviantes ou críticos. Organizado em três eixos analíticos: fundamentos teóricos sobre discurso e sujeito, efeitos da linguagem pedagógica e categorias identitárias produzidas na escola, o texto problematiza como as práticas discursivas institucionais contribuem para a reprodução de desigualdades e para o silenciamento de experiências dissonantes. Ao mesmo tempo, reconhece que o discurso pode ser espaço de resistência e reinvenção subjetiva, sobretudo quando mobilizado em práticas pedagógicas críticas e inclusivas. Conclui-se que a linguagem pedagógica não é apenas instrumento de comunicação, mas também dispositivo de poder que atua na formação de identidades escolares. A análise de seus efeitos é fundamental para a construção de práticas educativas comprometidas com o reconhecimento da diversidade, com a ética da escuta e com a transformação social.
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