IMPACTOS PSICOLÓGICOS DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i5.19089Palavras-chave:
Parto. Trauma psicológico. Violência obstétrica.Resumo
Introdução: A violência obstétrica é uma questão de extrema relevância e envolve uma série de práticas prejudiciais direcionadas às mulheres ao longo de todas as fases da gestação. Essas práticas incluem abusos de natureza sexual, física, psicológica e verbal, além de omissões, discriminações e a realização de procedimentos intervencionistas desnecessários. Com frequência, as mulheres têm seus desejos ignorados e expectativas frustradas, vivenciando situações de desconforto, medo, dor e insegurança, o que gera consequências físicas e emocionais negativas. Objetivo: Analisar os impactos psicológicos da violência. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, a qual foi realizada a partir da Biblioteca Virtual da Saúde, utilizando as bases de dados: BDENF, LILACS e SCIELO, fazendo uso dos seguintes descritores: Parto, Trauma psicológico; Violência obstétrica, associados ao uso do operador booleano AND. Foi conduzida pela pergunta norteadora: Quais os efeitos psicológicos da violência obstétrica a longo prazo? Os critérios de inclusão foram os estudos completos, em português, inglês e espanhol e publicados nos últimos cinco anos. Foram excluídos trabalhos que não atendam aos objetivos específicos do estudo, bem como aqueles que não se enquadraram no período estabelecido. Resultados e discussões: A gestação e o puerpério representam fases de grande sensibilidade emocional, nas quais as mulheres estão mais propensas a desenvolver transtornos psíquicos, como ansiedade e depressão. Essa vulnerabilidade pode ser agravada por experiências traumáticas vividas durante o parto, incluindo a realização de procedimentos invasivos desnecessários e a ausência de acolhimento por parte dos profissionais de saúde. Além disso, é indispensável investir na qualificação contínua das equipes de saúde, capacitando especialmente os enfermeiros para identificar sinais de violência, orientar as mulheres e garantir um cuidado ético e seguro, minimizando os danos à saúde física e mental das pacientes. Conclusão: Conclui-se, portanto, que a violência obstétrica ainda é uma prática recorrente na assistência ao parto em diferentes partes do mundo. Diante disso, é essencial reconhecer o parto como um evento fisiológico e humano, garantir o acesso à informação, fortalecer os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres e promover melhorias na qualidade dos serviços de saúde. Essas ações constituem estratégias essenciais para a prevenção e o enfrentamento da violência obstétrica.
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