EXPERIÊNCIAS DE ESCRITA E ESCRITAS DA EXPERIÊNCIA

Resumo

No artigo que segue, buscamos inicialmente estabelecer a escola enquanto espaço privilegiado da experiência, no caso em específico, da experiência de escrita, em oposição à ideia de concebê-la pela ótica redutora do preparo e da passagem. À guisa de justificar nossa tese, intentamos articular um projeto pedagógico de escrita memorialística realizado com alunos de oitavo ano de uma escola pública a noções de experiência estabelecidas pelos autores Jorge Larrosa e Jonh Dewey. Na breve exposição que realizamos circunscrevemos uma síntese entre a experiência enquanto vivência aberta, particular e, por isso, sempre una, à sua opositora complementar que se dá no ensejo estratégico de sistematizar ações que objetivam proporcionar práticas da experiência no âmbito escolar, visões de Larrosa e Dewey, respectivamente. Nesse sentido, objetivamos demonstrar que o projeto pedagógico de memórias desenvolvido conseguiu realizar uma articulação entre esses diferentes modos de se conceber a experiência. Expomos, ainda, alguns apontamentos sobre a escrita na Educação Básica no que concerne a seus obstáculos, desafios e possíveis saídas exitosas.