CIRURGIA FETAL PARA TRATAMENTO DE DEFEITOS DO TUBO NEURAL: ABORDAGEM OBSTÉTRICA E AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA PÓS-NATAL

Autores

  • Lívia Medeiros de Almeida Universidade Estácio de Sá
  • Caio César Coelho de Melo Universidade de Pernambuco
  • Victor Souza Mares FCMMG
  • Marcela Fernandes Peixoto de Oliveira Faculdade de Minas

DOI:

https://doi.org/10.51891/rease.v10i10.15905

Palavras-chave:

Cirurgia fetal. Defeitos do tubo neural. Avaliação neurológica. Tratamento pré-natal e Resultados pós-natais.

Resumo

Introdução: A cirurgia fetal emergiu como uma abordagem inovadora no tratamento de defeitos do tubo neural, que incluem condições como a espinha bífida. Esses defeitos, resultantes de uma falha no fechamento do tubo neural durante o desenvolvimento embrionário, podem acarretar sérias consequências neurológicas. A intervenção cirúrgica realizada ainda no útero permite a correção de anomalias e a melhora do prognóstico neurológico da criança. As estratégias obstétricas e as avaliações pós-natais têm se mostrado cruciais na compreensão dos efeitos a longo prazo dessas intervenções. Assim, as práticas atuais incluem uma combinação de cuidados pré-natais, técnicas cirúrgicas avançadas e avaliações neurológicas rigorosas para otimizar os resultados. Objetivo: Analisar a literatura existente sobre os resultados da cirurgia fetal para defeitos do tubo neural, com foco nas abordagens obstétricas e nas avaliações neurológicas realizadas após o nascimento. Metodologia: A metodologia seguiu as diretrizes do checklist PRISMA, utilizando bases de dados como PubMed, Scielo e Web of Science. Foram empregados cinco descritores principais: "cirurgia fetal", "defeitos do tubo neural", "avaliação neurológica", "tratamento pré-natal" e "resultados pós-natais". A pesquisa foi realizada em artigos publicados nos últimos dez anos. Os critérios de inclusão foram: estudos clínicos que abordaram intervenções cirúrgicas fetais, análises de resultados neurológicos pós-natais e publicações revisadas por pares. Os critérios de exclusão incluíram artigos que não estavam disponíveis em texto completo, revisões que não focaram especificamente em cirurgia fetal e estudos com amostras menores que dez pacientes. Resultados: A análise dos dados revelou que a cirurgia fetal reduziu significativamente a gravidade das sequelas neurológicas associadas aos defeitos do tubo neural. Observou-se uma melhoria nas funções motoras e cognitivas na infância, além de uma redução nas complicações associadas ao parto. Conclusão: A cirurgia fetal para o tratamento de defeitos do tubo neural representa um avanço significativo na medicina obstétrica e pediátrica. Os resultados sugerem que a intervenção precoce pode levar a melhorias notáveis nas condições neurológicas das crianças. A continuidade dos cuidados e as avaliações rigorosas são essenciais para maximizar os benefícios dessa abordagem, destacando a necessidade de um acompanhamento interdisciplinar ao longo da vida.

Biografia do Autor

Lívia Medeiros de Almeida, Universidade Estácio de Sá

Médica. Universidade Estácio de SÁ - UNESA RJ.

Caio César Coelho de Melo, Universidade de Pernambuco

Médico. Universidade de Pernambuco (UPE).

Victor Souza Mares, FCMMG

Médico. FCMMG.

Marcela Fernandes Peixoto de Oliveira, Faculdade de Minas

Médica. Faculdade de Minas, Faminas BH.

Downloads

Publicado

2024-10-03

Como Citar

Almeida, L. M. de, Melo, C. C. C. de, Mares, V. S., & Oliveira, M. F. P. de. (2024). CIRURGIA FETAL PARA TRATAMENTO DE DEFEITOS DO TUBO NEURAL: ABORDAGEM OBSTÉTRICA E AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA PÓS-NATAL. Revista Ibero-Americana De Humanidades, Ciências E Educação, 10(10), 486–497. https://doi.org/10.51891/rease.v10i10.15905