INFECÇÃO PELO VÍRUS ZIKA E MICROCEFALIA: SEQUELAS NEUROLÓGICAS A LONGO PRAZO E IMPLICAÇÕES CLÍNICAS
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v10i9.15575Palavras-chave:
Infecção. Vírus Zika. Microcefalia. Sequelas neurológicas. Implicações clínicas.Resumo
Introdução: A infecção pelo vírus Zika tem sido amplamente estudada devido às suas graves implicações, especialmente na saúde materno-fetal. Transmitido principalmente pelo mosquito Aedes aegypti, o Zika vírus foi identificado como causa de uma série de complicações neurológicas, incluindo microcefalia e outras malformações congênitas. O impacto da infecção durante a gestação suscitou grande preocupação global, destacando a necessidade de aprofundar o conhecimento sobre as consequências a longo prazo dessas complicações. Além disso, as dificuldades em controlar o vetor, aliadas às questões climáticas e socioeconômicas, complicaram a resposta à epidemia, fazendo com que o estudo das suas repercussões e das estratégias de manejo seja crucial.Objetivo: Esta revisão sistemática de literatura teve como objetivo avaliar as evidências disponíveis sobre as sequelas neurológicas a longo prazo da infecção pelo vírus Zika, bem como as implicações clínicas associadas a essas complicações, visando fornecer uma visão abrangente das estratégias de manejo e prevenção.Metodologia: A metodologia baseou-se no checklist PRISMA, utilizando as bases de dados PubMed, Scielo e Web of Science para a coleta de artigos científicos publicados nos últimos 10 anos. Os descritores empregados foram "Zika virus", "microcephaly", "neurological sequelae", "pregnancy", e "public health". Os critérios de inclusão englobaram estudos que abordassem a infecção congênita pelo vírus Zika, artigos com enfoque em complicações neurológicas, e revisões sistemáticas. Como critérios de exclusão, foram descartados estudos com populações fora do escopo da pesquisa, artigos não disponíveis em texto completo e publicações anteriores ao surto de Zika nas Américas.Resultados: Os resultados da revisão indicaram que as crianças expostas ao vírus Zika durante a gestação apresentaram um risco elevado de desenvolver microcefalia e outras complicações neurológicas graves. Estudos também ressaltaram a importância das intervenções precoces para melhorar o desenvolvimento neuropsicomotor das crianças afetadas. Além disso, identificou-se que a prevenção da transmissão do vírus continua a ser um desafio, exigindo uma abordagem integrada e contínua. Conclusão: A revisão destacou que as sequelas neurológicas associadas à infecção pelo Zika são profundas e de longo alcance, impactando significativamente a qualidade de vida das crianças afetadas e de suas famílias. A implementação de políticas públicas eficazes, aliada a avanços na pesquisa terapêutica, é essencial para mitigar os efeitos dessa infecção e melhorar os desfechos clínicos.
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