DOENÇA CELÍACA E DISTÚRBIOS ENDÓCRINOS EM CRIANÇAS: COEXISTÊNCIA E IMPLICAÇÕES CLÍNICAS
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v10i8.15313Palavras-chave:
Doença celíaca. Crianças. Distúrbios endócrinos. Implicações clínicas.Resumo
Introdução:A coexistência de doença celíaca e distúrbios endócrinos em crianças tem sido uma preocupação crescente na medicina pediátrica devido à inter-relação complexa entre essas condições. Estudos recentes sugeriram que a presença simultânea dessas doenças autoimunes reflete um fenômeno autoimune subjacente que afeta múltiplos sistemas do organismo, impactando o crescimento, o desenvolvimento e a qualidade de vida das crianças. A doença celíaca, ao comprometer a absorção de nutrientes, pode exacerbar os efeitos dos distúrbios endócrinos, como o diabetes tipo 1 e doenças da tireoide, resultando em complicações adicionais que exigem uma abordagem clínica rigorosa e multidisciplinar Objetivo:O objetivo desta revisão sistemática foi analisar a literatura científica disponível sobre a coexistência de doença celíaca e distúrbios endócrinos em crianças, com foco nas implicações clínicas, no manejo terapêutico e nos impactos sobre o crescimento e desenvolvimento infantil.Metodologia:A revisão foi conduzida com base no checklist PRISMA, utilizando as bases de dados PubMed, Scielo e Web of Science. Os descritores empregados incluíram "doença celíaca," "distúrbios endócrinos," "crianças," "coexistência," e "crescimento." Foram incluídos estudos publicados nos últimos 10 anos que abordaram a relação entre doença celíaca e distúrbios endócrinos em crianças, com amostras clínicas relevantes. Excluíram-se artigos que não apresentaram dados específicos sobre a população infantil, estudos com amostras limitadas e aqueles que não foram revisados por pares.Resultados: Os resultados da revisão revelaram uma prevalência significativa de distúrbios endócrinos, especialmente diabetes tipo 1 e disfunções tireoidianas, em crianças com doença celíaca. Os estudos analisados apontaram que a má absorção de nutrientes, comum em pacientes celíacos, intensificava os efeitos desses distúrbios, comprometendo o desenvolvimento ósseo e o crescimento linear. Além disso, o manejo clínico dessas condições exigiu uma abordagem multidisciplinar para ajustar o tratamento hormonal e garantir uma nutrição adequada.Conclusão: A revisão evidenciou que a coexistência de doença celíaca e distúrbios endócrinos em crianças exige uma vigilância clínica contínua e uma gestão terapêutica integrada. As intervenções precoces e uma abordagem multidisciplinar são essenciais para minimizar as complicações e promover um desenvolvimento saudável. Os achados reforçam a importância de diagnósticos precoces e monitoramento contínuo para melhorar o prognóstico e a qualidade de vida dessas crianças.
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