ABORDAGEM OFTALMOLÓGICA DA CIRURGIA DE PTOSE PALPEBRAL

Resumo

Introdução A ptose palpebral, caracterizada pela queda da pálpebra superior, pode resultar em sérios comprometimentos funcionais e estéticos. A abordagem oftalmológica na cirurgia de ptose visa restaurar a posição normal da pálpebra e, consequentemente, melhorar a função visual e a aparência estética. A condição pode ser causada por diversos fatores, incluindo fraqueza muscular, alterações neuromusculares ou distúrbios do nervo. A cirurgia é frequentemente indicada para aliviar os sintomas e corrigir a posição das pálpebras, proporcionando alívio significativo para os pacientes que enfrentam dificuldades visuais e desconforto estético.Objetivo O objetivo da revisão sistemática de literatura foi avaliar as técnicas cirúrgicas utilizadas no tratamento da ptose palpebral, assim como os resultados clínicos e estéticos associados. A revisão procurou identificar as abordagens mais eficazes, os resultados de longo prazo e as complicações potenciais envolvidas nas diversas técnicas cirúrgicas.Metodologia A revisão sistemática seguiu o checklist PRISMA para garantir rigor e transparência. Foram consultadas as bases de dados PubMed, Scielo e Web of Science para identificar estudos e artigos publicados nos últimos 10 anos. Os cinco descritores utilizados foram “cirurgia de ptose palpebral”, “abordagem oftalmológica”, “técnicas cirúrgicas”, “resultados estéticos” e “complicações da ptose”. Os critérios de inclusão foram estudos que investigaram técnicas cirúrgicas específicas para ptose palpebral, artigos que avaliaram os resultados clínicos e estéticos das intervenções e publicações que incluíam dados sobre complicações pós-operatórias. Foram excluídos os estudos que não abordaram a ptose palpebral especificamente, aqueles que focaram apenas em tratamentos não cirúrgicos e publicações fora do escopo da oftalmologia.Resultados Os resultados mostraram que as técnicas de ressecção do músculo levantador e de suspensão da pálpebra são as mais frequentemente empregadas na cirurgia de ptose palpebral. A revisão evidenciou que a escolha da técnica depende da gravidade da ptose e das condições musculares do paciente. As abordagens cirúrgicas apresentaram, geralmente, bons resultados em termos de restauração da posição da pálpebra e melhoria na função visual. No entanto, complicações como assimetria palpebral e infecções foram relatadas, sublinhando a importância de um planejamento cirúrgico detalhado e de um acompanhamento pós-operatório adequado. Conclusão: A cirurgia de ptose palpebral, com técnicas como a ressecção do músculo levantador e a suspensão da pálpebra, tem se mostrado eficaz na correção da posição palpebral e na melhoria dos resultados estéticos e funcionais. Apesar dos avanços na técnica, a revisão revelou que a gestão de complicações permanece um desafio. A escolha adequada da abordagem cirúrgica e a atenção aos cuidados pós-operatórios são cruciais para maximizar os benefícios da intervenção e minimizar os riscos associados. Em síntese, a literatura revisada demonstra que a cirurgia de ptose palpebral é um tratamento valioso, com resultados positivos predominantes quando realizada com precisão e acompanhamento adequado.