RELAÇÃO ENTRE ACOMPANHAMENTO NO PRÉ-NATAL, MORTALIDADE MATERNA E FATORES SOCIODEMOGRÁFICOS
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v10i7.15080Palavras-chave:
Pré-natal. fatores sociodemográficos. Morte materna.Resumo
Os impactos benéficos do pré-natal para assegurar uma gestação saudável ao binômio mãe-feto são múltiplos. Em contrapartida, obstáculos relacionados às características sociodemográficas fazem com que a adesão materna não seja homogênea no Brasil, contribuindo para desfechos danosos. Assim, o presente estudo tem por objetivo conhecer o perfil sociodemográfico das mães que não contemplam as indicações referentes ao acompanhamento pré-natal e daquelas que possuem como resultado da gestação a morte materna. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, descritiva, do tipo transversal, realizada por meio de levantamento nas bases de dados do DATASUS, entre 2019 e 2023. Foram coletados os dados referentes às variáveis: faixa etária materna, estado civil, número de consultas pré-natal e taxa de óbito materno. Nesse sentido, as variáveis sociodemográficas que estiveram relacionadas a menor taxa de adesão ao pré-natal e/ou maior índice de mortalidade materna foram: regionalidades norte e nordeste, raças parda, preta ou indígena; solteiras; menor nível de escolaridade materna; e gestação na adolescência. Tais achados se associam, dentre outros fatores, respectivamente, pelo aceso defasado a serviços prestados em determinadas regiões e a determinadas cor/raça, dificuldade no entendimento de orientações, falta de suporte oferecido por cônjuge e maior exposição a riscos. As causas diretas foram as principais relacionadas a morte, evidenciando a influência positiva de um pré-natal suficiente. Conclui-se que as estratégias de saúde pública devem abarcar características sociodemográficas de risco como norteadoras de campanhas e na busca ativa de mulheres em situações ameaçadoras.
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