ASMA BRÔNQUICA DURANTE A GESTAÇÃO: ESTRATÉGIAS FISIOTERAPÊUTICAS PARA SAÚDE MATERNA E FETAL

Resumo

Introdução: A asma brônquica é uma doença inflamatória crônica que pode ter um impacto significativo na saúde das gestantes, tanto no período gestacional quanto no parto e puerpério. A alta prevalência de asma entre gestantes e os riscos associados às crises asmáticas durante a gravidez justificaram a necessidade de uma atenção especial e de intervenções terapêuticas específicas para este grupo. O objetivo desta revisão de literatura foi analisar a realidade enfrentada por gestantes portadoras de asma e avaliar as opções de intervenções fisioterapêuticas no manejo dos sintomas respiratórios durante a gravidez, bem como no apoio ao parto e ao período pós-parto. Metodologia: Revisão integrativa de literatura. As bases de dados eletrônicas utilizadas foram PubMed, SciELO e BVS. Foram incluídos estudos publicados em português e inglês, que abordaram intervenções fisioterapêuticas em gestantes asmáticas. Foram excluídos estudos que não apresentaram resultados claros ou que fossem revisões narrativas. Os dados foram analisados de forma qualitativa, destacando as intervenções fisioterapêuticas que demonstraram maior eficácia. Os principais resultados foram discutidos à luz da literatura existente, destacando as implicações clínicas e sugerindo direções para futuras pesquisas. Resultados: As principais intervenções identificadas foram exercícios respiratórios, exercícios físicos controlados, uso de dispositivos de pressão positiva expiratória e técnicas de relaxamento. Os estudos mostraram que essas intervenções contribuíram para a melhora da função pulmonar, redução da dispneia e alívio das dores musculoesqueléticas associadas à gestação. Além disso, houve uma diminuição na frequência de crises asmáticas e uma melhor qualidade de vida relatada pelas gestantes. Os resultados indicaram que as intervenções fisioterapêuticas foram eficazes no manejo da asma em gestantes, contribuindo significativamente para a saúde respiratória e o bem-estar geral das pacientes. A prática regular de exercícios respiratórios e físicos ajudou a aumentar a capacidade pulmonar e a eficiência respiratória, enquanto as técnicas de relaxamento reduziram o estresse e a ansiedade, fatores que podem desencadear crises asmáticas. A utilização de dispositivos de pressão positiva expiratória mostrou-se benéfica na melhora da ventilação pulmonar e na redução da retenção de secreções. Podemos concluir que as intervenções fisioterapêuticas não apenas melhoram a função respiratória e reduzem a frequência de crises asmáticas, mas também promovem um parto mais tranquilo e um período pós-parto mais confortável. Futuros estudos devem continuar a explorar novas intervenções e aprimorar as existentes, visando sempre a melhoria da qualidade de vida dessas pacientes.