REABILITAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM PACIENTE COM DOENÇA ARTERIAL OBSTRUTIVA PERIFÉRICA: ESTUDO DE CASO
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v10i7.14860Palavras-chave:
DAOP. Fisioterapia. Reabilitação. Estimulação Elétrica Funcional. (FES). Mobilização Articular.Resumo
A Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP) é uma condição aterosclerótica que reduz o lúmen vascular nos membros inferiores por meio de um processo inflamatório que leva à formação de placas ateroscleróticas. Esse processo começa com a penetração e oxidação do LDL nas células endoteliais lesionadas, provocando uma resposta inflamatória que resulta na formação de células espumosas e no acúmulo de lipídios. Com o tempo, essas placas reduzem a complacência vascular e a perfusão periférica, especialmente nos membros inferiores, aumentando o risco de tromboses e complicações cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio (IAM) e acidente vascular encefálico (AVE). Indivíduos com comorbidades como hipertensão arterial sistêmica (HAS), dislipidemia, diabetes mellitus (DM) e tabagismo são mais propensos ao desenvolvimento de DAOP, com o DM e o tabagismo sendo os fatores de risco mais significativos. O objetivo deste estudo é documentar o plano de tratamento fisioterapêutico utilizado nas estratégias de reabilitação aplicadas a uma paciente com diagnóstico de DAOP, além de avaliar a evolução clínica da paciente e identificar os desafios enfrentados durante o processo de reabilitação e as adaptações necessárias. Métodos: Este estudo de caso foi desenvolvido na clínica de ensino em fisioterapia do Campus I da Universidade Iguaçu, localizada na Avenida Abílio Augusto Távora, 2134 - Nova Iguaçu, RJ. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), conforme o Certificado de Apresentação para Apreciação Ética (CAAE) número 51045021.2.0000.8044. A pesquisa envolveu uma paciente de 69 anos com diagnóstico médico de DAOP. Antes de iniciar o estudo, a paciente assinou o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), permitindo a utilização de seus dados para a descrição e análise deste relato de caso. Resultados: Nossa paciente apresenta, como sequela da DAOP, amputação supra-patelar no MID, com hipotonia e sarcopenia no coto. Durante os atendimentos, utilizamos a FES no coto, no modo sincronizado, pulso 250, ON 7”, decay 1”, OFF 15”, rise 2”, intensidade suportável, tempo 20 minutos, para melhora do tônus, preservação e recuperação do mesmo. Utilizamos mobilizações articulares passivas aplicadas nas articulações e tecidos moles, utilizando velocidades e amplitudes variadas, e alongamento terapêutico para ganhar amplitude de movimento e mobilidade adequada dos tecidos, prevenindo lesões recentes e recidivas e dores musculoesqueléticas. Embora o quadro não tenha sido revertido e a reavaliação não tenha sido possível, devido à internação da paciente para uma nova abordagem cirúrgica, verificamos que os exercícios propostos proporcionaram melhora na hipotonia, no bem-estar da paciente e na amplitude de movimento, ajudando a prevenir a evolução de deformidades. Isso destaca a importância do atendimento e acompanhamento especializado na recuperação de pacientes em condições similares. Conclusão: A experiência com a paciente mostra que, apesar da gravidade do seu quadro clínico, é viável alcançar melhorias significativas na hipotonia e na amplitude de movimento. No entanto, para pacientes com condições semelhantes, é necessário um acompanhamento especializado e contínuo a longo prazo. Isso reforça a importância de um tratamento integrado e coordenado, que maximiza os benefícios terapêuticos, previne complicações e aumenta as chances de recuperação.
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